domingo, 30 de dezembro de 2007

Itália vira porta de entrada para a Europa

ESPECIAL IMIGRAÇÃO
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Antes, o sonho era obter o “green card”, aquele visto que permite a permanência sem prazos nos Estados Unidos, agora, o sonho mudou de cor, está vermelho como o passaporte europeu. Desde a criação da União Européia, que permite a livre circulação de pessoas entre os países membros, os descendentes de italianos correm atrás da dupla cidadania italiana, a mais fácil de se obter entre os países europeus por ser transmitida “pelo sangue” ('jus sanguinis'), independente da geração, desde que conservando o lado paterno e para os descendentes de italianas nascidos após 1948. Para se comparar, a Espanha apenas concede a cidadania aos filhos de espanhóis e netos, desde que residam no país há pelo menos um ano ininterruptamente e faça o pedido lá; ou seja, poucos têm direito. No caso italiano, segundo a lei do país, todos os cidadãos brasileiros com ascendência italiana são também italianos desde o nascimento, logo, não há aquisição da nacionalidade, mas o reconhecimento dela.

Com o propósito de morar no velho continente, esses brasileiros recorrem ao governo italiano pois a cidadania dá o direito de morar e trabalhar na Europa sem ter a preocupação de vistos, ou seja, realizar o sonho de ganhar dinheiro, “fazer a vida” em euros e, muitas vezes, ajudar a família que fica no Brasil. Segundo a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre a Emigração Ilegal, cerca de cinco bilhões de dólares (moeda das transações internacionais) foram remetidos ao Brasil por via bancária pelos brasileiros que moram no exterior, cifra expressiva que contribui para a economia brasileira. Outro atrativo é que a Itália tem acordos com vários países que dispensam vistos para os cidadãos italianos, como os Estados Unidos.

Mas comer uma macarronada e poder, por exemplo, ver o Coleseo da janela do escritório não é o que busca a maioria dos brasileiros que tentam a cidadania italiana. Ao contrário, eles almejam trabalhar nos países que demonstram maior prosperidade econômica e oferecem maior número de vagas de emprego, como Inglaterra e Alemanha, e não vão ou permanecem na “grande bota”. Essa situação preocupa o governo italiano e o fez pensar em maneiras de conter essa evasão. Uma medida que foi estudada é a de aplicar uma prova de italiano nos que fazem o pedido da cidadania. O objetivo é que os que obtenham o direito falem, ao menos, o idioma, visto que essas pessoas têm maior probabilidade de ficar na Itália. Na França, por exemplo, a cidadania apenas é concedida para os que têm conhecimento da língua e da cultura francesa.

Porém, outros motivos fazem os brasileiros temerem morar na Itália. A crise econômica do país afasta os imigrantes de todo o mundo. Segundo o relatório do Ministério de Economia e Finanças Italiano de 2005, o país tem o pior desempenho entre os europeus. O PIB naquele ano não cresceu e a dívida pública era a segunda maior do mundo. “Fica difícil atrair imigrantes quando à volta existem países com maior crescimento. Outra coisa é que expressivo número das empresas do país é de pequeno porte e, por conseqüência da legislação trabalhista italiana, muitos empresários diminuem o número de funcionários para evitar problemas com sindicatos”, diz a italiana Bruna Branchi, professora de economia da PUC-Campinas.

A invasão de descendentes italianos preocupa outros países do bloco europeu. A Itália, por ter a lei mais flexível no direito à cidadania, está sendo pressionada a restringir o direito. Hoje, um bisneto de italianos pode trabalhar legalmente na Espanha, por exemplo, direito que um bisneto de espanhóis não tem. Ainda esse ano, a Itália pretendia mudar as regras para os “oriundi” – descendentes de italianos. As primeiras medidas que podem ser adotadas são: apenas filhos ou netos de italianos poderão reconhecer a cidadania; descendente de italianas nascidos antes de 1948 terão direito e os naturalizados poderão recuperar a cidadania italiana sem perder a dupla nacionalidade. “Hoje, concedemos o direto à cidadania, mas não as condições de obtê-la. Os limites serão mais estreitos, mas as prerrogativas de quem já está na fila serão mantidas”, diz Edoardo Pallastri, senador italiano que representa os cidadãos italianos da América do Sul. A publicação de matérias sobre as novas medidas é, para alguns, uma estratégia de “colocar medo” nos descendentes a fim que o número de pedidos diminua, mas que essas novas regras não entrarão em vigor. Porém, o governo italiano mostra que colocará as regras em prática em pouco tempo.

A busca da documentação necessária não é, porém, o pior inimigo dos brasileiros que pedem o reconhecimento da cidadania. As filas nos Consulados Italianos podem fazer o processo durar até quinze anos. “A fila está grande demais, pois faltam funcionários nos consulados para analisar todos os pedidos”, diz Lúcia Benatti, secretária do Consulado Italiano de Amparo/SP. O número de processos é assustador. Dos 760 mil processos de cidadania que já estão na Itália para análise, 500 mil são de brasileiros e 200 mil são de argentinos, segunda maior colônia de descendentes entre os países da América Latina. Nas últimas eleições italianas, em 2006, quando o senador Edoardo Pallastri foi eleito, ele afirmou que sua prioridade era aumentar o número de funcionários nos consulados. “Se a lei italiana concede o direito da cidadania aos descendentes de italianos, os consulados precisam estar preparados para que essas pessoas sejam atendidas”, disse o senador em entrevista à revista Veja logo após a eleição. “Mudanças podem acontecer nos consulados quanto ao número de funcionários, porém só acreditarei quando forem realidades. Já cansei de promessas”, complementa Lúcia. Mais de um ano depois da eleição e das promessas, tudo continua na mesma. Os descendentes ficam a ver navios, e bem longe do porto de Nápoles.

Uma alternativa encontrada para diminuir a espera é o processo direto na Itália, possível desde 1992. Com uma mudança na lei em 2002, os requerentes podem aguardar o fim do processo no país. Porém, são necessários procedimentos como a verificação da documentação pelo poder italiano e o descendente precisa, obrigatoriamente, residir em um endereço fixo, não em hotéis, o que aumenta as despesas. O processo na Itália dura cerca de seis meses. Depois de obter a cidadania, a maioria sai da Itália, mas continua com a idéia que na Europa os sonhos não têm limites, e melhor, também não têm fronteiras.
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foto: Roberto Setton/Veja

sábado, 29 de dezembro de 2007

O início do sucesso da família Hill

FÓRMULA 1 - MEMÓRIA
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A Fórmula 1 tem como alguns casos curiosos a presença de mais de um membro de uma mesma família tendo participado de pelo menos uma corrida na categoria. Quando este assunto vêm à mente das pessoas, logo podemos nos lembrar dos irmãos Michael e Ralf Schumacher. O primeiro deles todos nós conhecemos, afinal, ele é simplesmente o maior vitorioso de todos os tempos. Já Ralf não chegou nem perto dos feitos do irmão gênio, mas ao menos conseguiu algumas vitórias e pilotou por equipes renomadas do circo da F1 desde 1997.
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Mas esse não é o caso que vou citar nesta postagem. Aqui, lembraremos da gloriosa e famosa família britânica Hill. Tudo começou no ano de 1958, quando Graham estreou na categoria no circuito de Monte Carlo, circuito que renderia ao piloto o apelido de "Mister Mônaco", pelas cinco vitórias que conseguiria ali, sendo superado apenas por Ayrton Senna, vencedor em seis ocasiões. Hill estava a bordo de uma Lotus 12 e se classificou para o grid de largada na 15ª posição, abandonando a prova na volta 69.

Graham Hill na pista de East London em 1962, palco do seu primeiro título na F1

Em 1960, o piloto inglês se transferiu para a BRM. Com o tempo ele foi se tornando um dos nomes mais respeitados entre os pilotos e assim foi entrando na briga por vitórias. Já em 1962, Hill conseguiu sua primeira pole na carreira no circuito belga de Spa-Francorchamps e sua primeira vitória, na pista holandesa de Zandvoort.

Ao longo daquela temporada, o piloto colecionou uma série de resultados excelentes que o credenciaram como um sério candidato ao título, tendo como principal adversário o velocíssimo escocês Jim Clark, piloto da Lotus. A batalha entre os dois concorrentes foi muito equilibrada, mas prevalecendo-se uma regularidade maior nos resultados, Hill confirmaria, no dia 29 de dezembro daquele ano, há exatos 45 anos, seu primeiro título mundial, com uma vitória no circuito de East London, na África do Sul.

Seis anos mais tarde, Graham Hill conquistou seu segundo título na carreira, correndo pela Lotus. No total, ele participou de 179 Grandes Prêmios, conseguindo 14 vitórias e 13 pole-positions. Em novembro de 1975, Hill morreu em um acidente de Helicóptero, aos 46 anos de idade. Seu filho, Damon, seguiu o trilho do pai e se tornou anos mais tarde um também bem sucedido piloto da categoria, conquistando o campeonato de 1996, e acumulando 22 vitórias e 20 poles na carreira.

Com certeza, mais um exemplo de que certas habilidades podem estar no sangue de uma família. Vale também lembrar que Graham e Damon não tem nenhum tipo de parentesco com o norte-americano Phil Hill, campeão da Fórmula 1 em 1961. De qualquer maneira, um salve aos Hills.

foto: f1-facts.com

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Um selo para poucos

CURIOSIDADE
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Um colecionador americano, da cidade de Nova York, arrematou um selo raro pelo valor de US$ 825 mil nesta quarta-feira, de acordo com o anúncio de uma casa de leilões. O selo ilustra um avião de cabeça para baixo, e é conhecido como Inverted Jenny (Jenny Invertido, em português).
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De acordo com a Heritage Auction Galleries, que promoveu o evento, o comprador, que não se indentificou, seria um executivo de Wall Street. Ele também seria ainda um famoso colecionador de moedas.
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O selo, de 1918, retrata uma aeronave usada na Primeira Guerra Mundial

Datado de 1918, o selo mostra uma aeronave utilizada na Primeira Guerra Mundial identificada como Jenny e que depois acabou se transformando em um avião dos correios. Cerca de 700 exemplares foram impressos na época, porém 100 deles foram recolhidos e vendidos juntos. Eles foram comprados pelo colecionador William Robey em 1918 e, depois de algum tempo, foram vendidos separadamente.

Esse comprador realmente tem dinheiro pra gastar no que e quando quiser mesmo!

foto: AP

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

30 anos sem Chaplin, o "demasiadamente humano"

ESPECIAL

Não deve ser difícil encontrar pessoas que pensam que Charles Chaplin andava pelas ruas de Londres e Hollywood vestido como seu maior personagem, o vagabundo. De chapéu coco, vestindo um fraque preto esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, bengala de bambu e aquele inconfundível bigodinho, pobretão mas com traços refinados de um verdadeiro cavalheiro. Considerado o mais genial criador do cinema mudo, Chaplin morreu no dia 25 de dezembro de 1977 e encerrou a trajetória do artista mais completo do século.

Era ator, diretor, escritor, roteirista, produtor, compositor de trilhas e financiador de seus próprios filmes. “Este é um momento muito emocionante para mim e as palavras parecem fúteis. Só posso dizer ‘obrigado’ pela honra de ter sido convidado. Vocês são maravilhosos”, disse, em meio a lagrimas, quando, em 1972, Hollywood o homenageou com um Oscar honorário, depois de mais de 20 anos sem pisar em solo norte-americano devido a um exílio na Europa.

Chaplin nasceu em Londres em 1889. Desde criança, o ator sofreu com problemas familiares. A mãe desempregada tinha transtornos mentais e seu pai morreu quando o jovem Charles Chaplin tinha apenas 12 anos. O eterno "vagabundo Carlitos" decidiu ser ator ainda criança, quando, por conta de uma doença, foi obrigado a ficar na cama por semanas. Durante esse tempo, sua mãe representava o que acontecia na rua para entretê-lo.
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Com um quociente de inteligência de 140, Chaplin encantou o mundo com uma mistura de humor e drama. Subiu ao palco pela primeira vez com apenas 5 anos, diante de sua mãe, e em 1919 já tinha seu próprio estúdio, o “United Artists”. Apesar de filmes falados terem se popularizado em 1927, Chaplin resistiu a usá-los até os anos de 1930. Seu primeiro filme falado foi “O Grande Ditador”, filmado e lançado nos Estados Unidos em 1941, um ano antes dos americanos entrarem na Segunda Guerra Mundial. No filme, Chaplin fazia dois papéis: o de Adenoid Hynkel, clara alusão ao nome de Hitler, e de um barbeiro judeu que é cruelmente perseguido pelos nazistas.

Esse filme tem uma das cenas mais famosas do cinema: Chaplin vestido como Hitler brincando com o globo terrestre de plástico. Hitler, grande fã de cinena, segundo relatos, viu o filme duas vezes em seu cinema particular. Depois de descoberto o Holocausto, Chaplin chegou a declarar que se soubesse da extensão do problema, não brincaria com o regime nazista como fez no filme. Em sua auto-biografia, “História de minha vida”, ele chegou a afirmar que receceu cartas anônimas de pessoas que iriam colocar fogo nos cinemas na pré-estréia do filme nos Estados Unidos. Nada aconteceu.

Casou-se diversar vezes; a última com Oona O'Neill em 16 de junho de 1943. Ele com 54 anos e ela com 17. Foi o casamento mais longo e feliz, com oito filhos e ficaram juntos até a sua morte, com 88 anos em conseqüência de um derrame cerebral. Foi enterrado no Cemitério Corsier-Sur-Vevey em Corsier-Sur-Vevey, Vaud, Suíça e três meses depois, em 3 de março de 1978, ladrões roubaram o corpo do ator a fim de extorquir dinheiro da família. Os ladrões foram capturados e o corpo foi recuperado onze semanas depois e voltou ao túlmulo que agora tem um tampão de concreto de quase 400 quilos.

Entre os maiores sucessos estão: “O Circo”, “Tempos Modernos”, “O Garoto”, “Luzes da Ribalta” e diversos curtas como “Carlitos Repórter”.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Você quer presente de quê?

FELIZ NATAL?
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Crianças brincam no Parque Oziel, em Campinas/SP. O Papai Noel passa longe dali.


A tradicional “Operação Papai Noel”, quando os Correios expõem em suas agências parte das cartas recebidas endereçadas ao bom velhinho, mostrou esse ano que o desejo das crianças brasileiras passa distante das bonecas e carrinhos. A maioria das crianças não pede brinquedos, mas sim comida. A triste revelação virou notícia no jornal francês Le Figaro.

No estado de Pernambuco, por exemplo, 60% das 11 mil cartas recebidas eram assinadas por crianças que desejam receber bolos, queijo, peru ou apenas uma cesta básica. O jornal transcreveu alguns trechos das cartas – muitas assinadas pelos próprios pais – que pediam ao bom velinho alimentos, roupas e utilidades, como carrinhos de bebê.
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O Figaro ainda destacou que as cartas têm efeito mais chocante porque no Brasil o consumo cresceu nesse fim de ano, tomando proveito do alto índice de crescimento da economia – que pode superar os 5% - e o crédito fácil, que levou a classe média às compras.

“Apesar de uma ligeira melhoria, o Brasil exibe um dos mais elevados índices de desigualdade do mundo”, ressaltou a reportagem. Para o jornal francês, a “Operação Papai Noel” demonstra que os programas sociais do governo federal – como a Bolsa Família – não são suficientes para erradicar a fome e que o projeto dos Correios apenas mostra "o entusiasmo da classe média, que já se via oferecendo bonecas e automóveis em miniaturas às crianças desfavorecidas"

foto: Bruna Lidiane

Uma população maior e um país de mulheres

BRASIL

A pesquisa do Censo 2007, divulgada na sexta-feira, dia 21, mostra que somos mais brasileiros e que a maioria da população é de mulheres. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), agora, somos 183.987.291 habitantes. Um aumento de 8,4% comparado ao último censo, o de 2000. Isso significa um aumento médio anual de 1,21%. As grandes taxas de crescimento são da região Centro-Oeste (13.222.854 hab.) e Norte (14.623.316 hab.). A região que menos cresceu foi a Sul (26.733.595 hab) e o estado do Rio Grande do Sul foi o que teve menor índice entre todos os estados brasileiros, apenas 0,57%. A região Sudeste continua segundo a mais populosa, sendo o novo censo, tem 77.873.120 habitantes. Já a região Nordeste está com 51.534.406.

Quanto às cidades: As que têm até 20 mil habitantes representam 72,0% do total. Em seguida vem os 2.601 municípios com menos de 10 mil habitantes e por último as 14 cidades com mais de um milhão de pessoas; entre elas a maior do país, São Paulo.

Outro dado interessante é que houve uma mudança na proporção de homens e mulheres. O que em 2000 era uma de 100 homens para 100 mulheres, agora está 99,6 homens para cada 100 mulheres. Falando em estados, o Pará é “o mais homem” e a Paraíba é o estado com mais mulheres.

Com a utilização de 82 mil computadores de mão – substituindo os questionários de papel -, 90 mil pessoas trabalharam no Censo 2007. A Contagem Populacional começou no dia 16 de abril nos municípios com até 170 mil habitantes, que correspondem a 97% das cidades brasileiras.

sábado, 22 de dezembro de 2007

O ano dos retornos e de espetáculos para os brasileiros

RETROSPECTIVA 2007 - MÚSICA

Além do grandioso show do Aerosmith, que abalou o Morumbi, 2007 foi um ano que trouxe para o povo brasileiro vários espetáculos musicais, como há muito tempo não se via por aqui. Confira alguns destaques dos palcos:
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O LADO ESCURO DA LUA NO BRASIL

A Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro, e o Estádio do Morumbi, em São Paulo, foram palcos de exibições de um dos maiores gênios da historia da música: Roger Waters. O baixista e principal compositor da lendária banda de rock inglesa Pink Floyd, veio se apresentar no Brasil pela segunda vez na carreira, sendo a primeira passagem dele por aqui no ano de 2002.

Waters empolgou fãs de diversas gerações, cantando desde sucessos de sua carreira solo pós-Floyd até os maiores clássicos da banda que o tornou um ícone da música mundial. Sucessos como Another Brick in the Wall, Comfortably Numb, Wish You Were Here e Sheep marcaram a apresentação fantástica do músico, empolgando todos os espectadores.
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Roger Waters relembrou os velhos sucessos do Pink Floyd e encantou o público presente

Como se não bastasse, o baixista e toda a sua banda de apoio executaram na íntegra o disco de maior sucesso do Pink Floyd, The Dark Side of the Moon, considerado o álbum de rock mais vendido de todos os tempos, com mais de 40 milhões de cópias espalhadas pelo mundo.

O show de Waters fez todos os floydmaníacos reacenderem as esperanças de, quem sabe, uma possível volta da banda. Quem sabe...

foto: Ayrton Vignola/Folha Imagem

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A PERDA DE UM TENOR

O mundo se despediu no último dia 6 de setembro de um dos maiores nomes da música de todos os tempos. O italiano Luciano Pavarotti, cantor lírico, morreu aos 71 anos de idade, em função de um tumor no pâncreas, que se agravou a partir de 2006 e o submeteu a uma cirurgia.

O tenor, nascido em Modena, iniciou sua carreira no seu país natal em 1961. Nas décadas de 60 e 70 já havia conquistado grande prestígio e notoriedade no cenário musical. Porém, em 1990, alcançou a glória ao formar junto com Plácido Domingo e José Carreras os Três Tenores, se apresentando em 34 ocasiões, sendo quatro delas nas partidas das finais de Copa do Mundo (1990, 1994, 1998 e 2002).

Pavarotti também gravou duetos com vários cantores e bandas famosas, como U2, Bryan Adams, Celine Dion, Sting e Mariah Carey. Em 2005 ele fez sua turnê mundial que encerou sua carreira como músico.

O tempo levou Luciano Pavarotti embora, mas seu trabalho e talento inconfundível ficarão pra sempre na memória dos fãs, que eternamente reverenciarão suas canções.

foto: Juan Estevez/Folha Imagem

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A VOLTA DO THE POLICE E O ESPETÁCULO NO MARACANÃ

Umas das maiores e mais influentes bandas de pop rock, o The Police contrariou todas as expectativas dos fãs e anunciaram o retorno aos palcos neste ano. A volta era dada como improvável, pelo sempre constante ambiente de discussões entre os membros da banda, o baixista e vocalista Sting, o guitarrista Andy Summers e o baterista Stewart Copeland.

O The Police retornou aos palcos e levou o público brasileiro ao delírio no Maracanã

A banda anunciou no dia 12 de fevereiro que estaria entrando em turnê em comemoração aos 30 anos do primeiro compacto. A turnê começou no dia 28 de maio, em Vancouver, no Canadá, e seguiu por vários países das Américas e Europa, e chegou ao Brasil no último dia 8 de dezembro, com uma única apresentação no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

O show foi um verdadeiro sucesso de público, com cerca de 80 mil pessoas prestigiando o evento. Sucessos como "Do Do Do Da Da Da", "So Lonely", "King of Pain" e "Every Breathe You Take" levaram o público ao delírio e a cantr as canções junto com a banda. Sting ainda mostrou ter um bom conhecimento da língua portuguesa, chegando a conversar com a platéia em algumas ocasiões.

Mesmo após mais de 20 anos separados, o trio mostrou que está na velha e boa forma de sempre, empolgando por onde passa!

foto: Publius Vergilius/UOL

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AS SPICE GIRLS DE VOLTA NAS PARADAS

O maior fenômeno da música pop dos anos 90 está de volta. Depois de um período de 7 anos sem nenhum trabalho inédito e 9 anos sem a sua formação completa, quando Geri Halliwell anunciou sua saída do grupo, o grupo feminino inglês Spice Girls anunciou sua volta aos palcos. O anúncio do regresso foi feito no dia 28 de junho, quando as integrantes Emma Bunton, Victoria Beckham, Melanie Chisholm (Mel C), Geri Halliwell e Melanie Brown (Mel B) convocaram a imprensa para uma entrevista coletiva. Também foi anunciado o lançamento de um novo single, a canção Headlines, que já figura entre as mais tocadas no mundo.

Com um total de aproximadamente 60 milhões de discos vendidos ao redor do mundo, a banda explodiu para o planeta em 1996, com um jeito irreverente e músicas que caíram rápido no gosto do público. Tão rápido quanto a conquista do sucesso foi a trajetória da banda, que após quatro anos se dissolveu. Hoje, as ex-garotas são todas mulheres na faixa dos trinta e poucos anos, mas que pretendem provar a todos que ainda estão em boa forma.

Victoria, Melanie C, Geri, Emma e Melanie B anunciaram em entrevista coletiva a volta das Spice Girls

Após o término do grupo, cada uma decidiu seguir carreira solo, mas não obtiveram o mesmo sucesso de antes. Dentre as cinco integrantes, apenas Geri e Melanie C conseguiram construir carreiras um pouco mais sólidas, emplacando vez ou outra algumas canções no topo das paradas européias.

A nova turnê mundial das Spice Girls começou no dia 2 de dezembro, em Vancouver, no Canadá. As datas incluem também shows na Europa, Estados Unidos, Ásia e a capital da Argentina, Buenos Aires. Por enquanto, o Brasil não está incluído na agenda do grupo. Resta então aos fãs locais rezarem para as "garotas" mudarem de idéia e passarem por aqui.

foto: EFE

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LED ZEPPELIN: UM MITO, UM SHOW INESQUECÍVEL

O mundo do rock virou de cabeça para baixo no dia 10 de setembro. Os integrantes da clássica banda de rock Led Zeppelin anunciaram oficialmente nesta data que a banda voltaria a se apresentar após 19 anos. Robert Plant (vocal), Jimmy Page (guitarra) e John Paul Jones (baixo) comunicaram que fariam um show histórico para 18 mil fãs em Londres, no dia 11 de dezembro.

A banda se dissolveu em 1980, quando o baterista John Bonham, tido como um dos melhores de todos os tempos, morreu. Após isso, a banda se reuniu em algumas ocasiões para participar de eventos especiais. Para assumir o lugar na bateria foi escolhido Jason Bonham, filho de John.


O Led Zeppelin retornou triunfalmente aos palcos em Londres

Durante duas horas, vários sucessos da banda embalaram e agitaram os fãs, como as canções "Good Times Bad Times", "Stairway to Heaven", "Kashmir" e "Whola Lotta Love", sucesssos que ajudaram a colocar o grupo como um dos maiores de todos os tempos.

Aos 59 anos, Plant mostrou que não perdeu o fôlego de antigamente e deu conta do recado. Já Page mais uma vez mostrou toda a sua genialidade e técnica apurada com a guitarra. No entanto, o anúncio do vocalista de que estará saindo em turnê solo esfriou os boatos de que a banda poderia estar se reunindo para mais aparições ao redor do mundo. Uma coisa é certa, o dia 11 de dezembro de 2007 entrou para a história como o dia em que um gigante acordou.

foto: Getty Images

Chá das Cinco à la Brasileiro

VERGONHA

Homenagens de brasileiros e amigos de Jean Charles em Londres


É uma vergonha mundial. A Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC) anunciou que os policiais ingleses envolvidos na morte de Jean Charles de Menezes não sofrerão punições disciplinares. Essa decisão finalizou as análises da Comissão sobre os oficiais quanto à atuação.

Um dos quatro policiais liberados pela decisão é Cressida Dick, comandante da operação. Onze oficiais já haviam escapado de uma punição em maio. O IPCC anunciou, semana passada, que Andy Hayrman, o ex-chefe da unidade de combate ao terrorismo da polícia londrina, receberá aconselhamento sobre sua conduta, já que a Comissão concluiu que ele havia enganado o público.

Para os familiares de Jean Charles, a decisão do IPCC, de hoje, foi prematura. Vivian Figueiredo, prima do brasileiro, acredita que a Comissão poderia esperar o resultado do inquérito que revelaria evidências vitais sobre a ação desses policiais. Esse inquérito é analisado pelo legista do caso, que é responsável por abrir processo e solicitar júri popular quando autoridades públicas estão envolvidas em mortes violentas. “O IPCC está analisando apenas a operação em si, e não o que aconteceu depois da morte de Jean, toda a mentira sobre o caso. Limpar os oficiais de qualquer responsabilidade é o pior erro porque eles demonstram irresponsabilidade e incompetência”, disse Alex Pereira, também primo de Jean Charles.

As mentiras não param. A polícia de Londres agora é acusada de manipular uma foto do brasileiro em uma montagem unindo metade do rosto de Jean com a metade do rosto de Hussain Osman, supeito de terrorismo com o qual foi confundido em 22 de julho de 2005, a fim de mostrar o quanto eles são parecidos. A foto foi apresentada há duas semanas, quando foi iniciado o julgamento dos policiais. Para a promotora do caso, Clare Montgomery, a foto do brasileiro teria sido esticada ou alterado o tamanho para que o rosto de Jean Charles tivesse as mesmas proporções da face do suspeito.

Mês passado, a Polícia de Londres foi considerada culpada por colocar a segurança pública em risco no caso da morte do brasileiro e terá que pagar uma multa de aproximadamente R$ 634 mil e mais R$ 1,394 milhão pelos custos do processo. Porém, algo muito distante da justiça que os brasileiros esperam.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O Pan do Brasil

RETROSPECTIVA 2007 - ESPORTE
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2007 foi um ano realmente histórico para o esporte brasileiro. Grande parte disso se deve ao fato da realização dos Jogos Panamericanos na cidade do Rio de Janeiro. O evento, que reuniu talentos consagrados e outras promessas do esporte das Américas, sofreu com as (negativas) expectativas de organização e segurança, além de falhas estruturais e orçamentárias.
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Mas ainda assim esta edição coroou a melhor participação brasileira na história da competição. Não podemos também deixar de citar a "ovação" que o nosso presidente Lula recebeu do público presente ao Maracanã para a cerimônia de abertura dos jogos.

O nadador Thiago Pereira foi o grande nome do Brasil no Pan, conquistando oito medalhas, sendo seis delas douradas

Problemas no orçamento, que culminaram com um total de R$ 3,7 bilhões gastos dos cofres públicos, quase 800% (!) superior às previsões iniciais, despertaram suspeitas, investigadas pela Polícia Federal, com o apoio do Ministério Público Federal. Como se não bastasse, ainda assim algumas instalações foram alvo de críticas de atletas e especialistas. Soma-se a todos esse problemas também o atraso nas obras de alguns complexos, como o campo de beisebol na Cidade do Rock e o estádio João Havelange, também conhecido como Engenhão.

Problemas à parte, os atletas canarinhos fizeram um trabalho bonito diante da entusiasmada torcida e garantiram uma verdadeira enxurrada de medalhas para o nosso país. Foram 161 medalhas no total, sendo 54 delas de ouro, 40 de prata e 67 de bronze, números que o colocaram na terceira posição do quadro de medalhas, atrás dos Estados Unidos e de Cuba. Após o término do Pan, o Brasil perdeu cinco medalhas por causa de doping.

Fica como saldo positivo a revelação de novos e promissores atletas, como Jade Barbosa, Thiago Pereira, Franck Caldeira e Fabiana Murer, além da confirmação de talentos já consagrados, como Diego Hypólito, Hugo Hoyama, a delegação de judô e as seleções masculina de vôlei e feminina de futebol, entre muitos outros.

Resta agora aprender como planejar e organizar corretamente uma competição de tal porte, para não sofrermos com o excesso de dinheiro investido e a falta de estrutura. Afinal, a Copa de 2014 é nossa, e não esperamos mais uma vez vermos tudo fora de controle e sendo alvo de críticas por parte de estrangeiros. O povo brasileiro merece seriedade!

foto: EFE

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

A magia do Aerosmith

RETROSPECTIVA 2007 - MÚSICA
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O último mês de abril foi histórico para todos os brasileiros amantes do velho e bom rock n' roll. Na quinta-feira, dia 12 daquele mês, a consagrada banda norte-americana Aerosmith se apresentou em São Paulo, no estádio do Morumbi, acompanhado por uma multidão de cerca de 62 mil entusiasmados fãs.

Steven Tyler e Joe Perry em apresentação do Aerosmith em São Paulo

Mesmo com quase 40 anos de estrada, Steven Tyler (voz), Joe Perry (guitarra), Brad Whitford (guitarra), Tom Hamilton (baixo) e Joey Kramer (bateria) provaram que ainda estão em excelente forma, com uma atuação perfeita das músicas e levando o público ao delírio em quase duas horas de show.

Sucessos como "Love in a Elevator", "Livin' on the Edge", "Cryin'", "Dream On" e "Toys in the Attic" foram acompanhadas pela voz do público e comandadas pela irreverência (e também loucura) de Tyler, que correu, rebolou e arrancou gritos da multidão presente no Morumbi.

Para o encerramento, a banda tocou a famosíssima "Walk this Way", fazendo uma apresentação magnífica e colocando a noite do dia 12 de abril como uma data para jamais ser esquecida por todo apreciador do rock.

foto: Alexandre Schneider/UOL

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Simplesmente o melhor!

FUTEBOL

Agora é oficial. Agora há pouco, em solenidade promovida pela FIFA, a cerimônia de premiação dos melhores jogadores do ano elegeu Kaká como o melhor jogador do planeta no ano de 2007, confirmando assim todas as expectativas de jornalistas e torcedores.

O meia-atacante brasileiro de 25 anos recebeu pela primeira vez na carreira o prêmio, derrubando a forte concorrência dos rivais em um ano mágico, repleto de títulos, gols e jogadas sensacionais. Esta é a oitava vez que um jogador brasileiro alcança tal status. Antes de Kaká, Romário (1994), Ronaldo (1996/1997/2002), Rivaldo (1999) e Ronaldinho Gaúcho (2004/2005) haviam faturado o cobiçado prêmio. Curiosamente, Kaká manteve a incrível coincidência de todos os brasileiros eleitos melhores do mundo terem seus nomes começando com a letra "R", uma vez que o atual vencedor se chama Ricardo.

A surpresa da eleição ficou na definição da colocação, que ficou com o argentino (e jogador do Barcelona) Lionel Messi, desbancando o favorito ao vice, o português Cristiano Ronaldo, atleta do Manchester United, da Inglaterra.

A VIDA DO MELHOR DO MUNDO

Seu nome é Ricardo Izecson dos Santos Leite, mas todos o conhecem por Kaká. Nasceu em Brasília no dia 22 de abril de 1982. Desde cedo, sonhava em ser jogador de futebol, como tantos brasileiros. Foi revelado pelo São Paulo em 2001, quando subiu para o time principal e ajudou na conquista do Torneio Rio-São Paulo, no mesmo ano, e o Supercampeonato Paulista, em 2002. Sua preocupação era mostrar sua qualidade como jogador já que muitos atribuiam seu sucesso às chamadas “kakazetes”, meninas que foramaram diversos fan-clubes para o jogador.

Conseguiu mostrar sua habilidade e garra e chamou a atenção do Milan, e em 2003 foi vendido para o time italiano por cerca de 8 milhões de dólares. Logo na primeira temporada na Itália, conquistou a Supercopa da Europa e no ano seguinte o campeonato italiano e a Supercopa italiana.

Pela Seleção brasileira, atuou nas copas de 2002 e 2006. O seu bom desempenho na copa da Alemanha resultou no assédio dos principais times europeus. O Real Madrid, da Espanha, chegou a oferecer uma quantia recorde pela compra, logo superado pelo inglês Chelsea, que estaria disposto a pagar 150 milhões de euros, aproximadamente 381,5 milhões de reais por Kaká.

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O ano de 2007 foi um marco na carreira do jogador. Conquistou pelo Milan a Liga dos Campeões da UEFA (sendo o artilheiro da competição com 10 gols), a Supercopa da Europa e, ontem, o Mundial de Clubes.

Seus prêmios incluem: Bola de Ouro (Placar) 2002, Melhor jogador do Campeonato Italiano 2005 e 2006, Melhor meio-campo da Liga dos Campeões 2005, Melhor atacante e jogador da Liga dos Campeões 2007, Bola de Ouro (France Football) 2007, melhor jogador do torneio da partida final do Mundial de Clubes da FIFA 2007 e, agora, Melhor jogador de 2007 pela FIFA.

DOBRADINHA BRASILEIRA
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Além de Kaká, a FIFA anunciou a brasileira Marta como a melhor jogadora do mundo deste ano, desbancando a alemã Birgit Prinz e a também brasileira Cristiane. Com isso, Marta fatura pela segunda vez a eleição. Esta é a primeira vez que o Brasil consegue eleger no mesmo ano, em ambos os sexos, os melhores atletas no futebol.

Parabéns Kaká e Marta. É o futebol brasileiro mostrando mais uma vez que nunca deixará de brilhar!

foto: AFP

domingo, 16 de dezembro de 2007

Festa em Milão e do Oiapoque ao Chuí

MUNDIAL DE CLUBES


Quando o técnico do Boca Juniors declarou na sexta que sabia “parar” o Milan, ele estava delirando. Sem dúvidas. A confirmação disso: um espetáculo rossonero que rendeu o Mundial de Clubes para o time italiano mais brasileiro, vitória por 4 a 2, com dois gols de Inzaghi, um de Nesta e outro de Kaká. Agora, o Milan pode comemorar o inédito quarto título mundial e, num bom italiano, dizer “Siamo i migliori di tutto il mondo!”.

O jogo no Japão fechou um ano de conquistas para o time de Milão. Campeão da Liga e da Supercopa Européias, o time de Kaká é agora o clube com maior número de títulos internacionais. Com o de hoje, somam-se 18. Felicidade para o aniversário de 108 anos do rubro-negro italiano.

“Que o Milan tem mais time que o Boca Juniors já era sabido”, diz Juca Kfouri em seu blog. Tido como uma revanche da final de 2003, quando o Boca ganhou o título mundial nos pênaltis, Kaká, na entrevista ao final da partida, declarou que não pensava assim, mas sim em coroar sua melhor fase da carreira. “Foi um ano muito bom para o Milan e para mim”, disse.

UM GOSTINHO BRASILEIRO

Com oito brasileiros, o Milan teve como combustível a rivalidade Brasil-Argentina. Dida, Cafu, Serginho, Emerson, Kaká, Digão, Ronaldo e Alexandre Pato eram o Brasil na decisão. “Com tantos brasileiros, não poderia deixar de ser”, reconheceu Kaká, que levou ainda a “Bola de Ouro” como o melhor jogador do torneio e um carro por ter sido o melhor da partida desse domingo.
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Pela primeira vez, porém, um clube brasileiro não será campeão mundial de clubes em competição organizada pela FIFA. Na primeira vez, o Corinthians levou o título nos pênaltis sobre o Vasco, em 2000, e nos dois últimos anos deu Internacional e São Paulo.
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FAZENDO HISTÓRIA

Kaká agora se iguala a Van Basten. Em 1989, defendendo o Milan, o holandês ganhou a Bola de Ouro, Liga dos Campeões e o Mundial. A festa para Kaká, porém, só se completará no anúncio da FIFA de quem leva o título de melhor jogador do ano. O meio-campista prefere não falar em favoritismo, mas para nós brasileiros já é uma coisa certa. A “Bola de Prata” do Mundial foi para outro milanista, o holandês Clarence Seedorf, enquanto o terceiro melhor foi o atacante Rodrigo Palacio, do derrotado Boca Juniors.

Parece notícia repetida: o Kaká foi o principal jogador do Milan. Fez um gol e deu passe para outros dois. Ninguém discorda que o time joga em função do brasileiro. Praticamente todas as jogadas passaram pelo brasileiro. Falando-se do considerado melhor jogador da atualidade, nada mais óbvio.
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O QUE ROLA LÁ FORA

OLÉ - Argentina

Não são nenhuns tontos esses italianos. Jogam bem e sério. No arranque foram muito parecidos [Milan e Boca], porém no final eram claras as diferenças entre ambos. Kaká é o dono da bola. Não se considera o melhor do mundo, meteu um gol na final e foi a figura principal. Elogiou o Boca e também Palacio. Ah, e disse “para mim o futebol é um divertimento”.


LA GAZZETTA DELLO SPORT - Itália

O mundo aos pés de Kaká. Todos aos pés do Milan. Pela quarta vez campeão do Mundo. Kaká mais uma vez intérprete de uma garra suntuosa que aumenta sua grandeza. O império e uma experiência contra os quais os argentinos não puderam nada.
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fotos: Reuters

sábado, 15 de dezembro de 2007

Quem avisa amigo é...premiado!

CURIOSIDADE

Parece que os EUA são especialistas em situações bizarras e inusitadas. Dessa vez não foi diferente! Um aviso colocado em um trator alertava para o usuário "evitar a morte". Isso rendeu ao fabricante o prêmio "Selo de Advertência mais Estranha", concedido todos os anos por uma organização local, que visa combater os diversos processos legais do país for motivos estúpidos.

O prêmio, que já está na sua 11ª edição, foi criado pela organização Michigan Lawsuit Watch (M-LAW) com o propósito de mostrar que o hábito dos cidadãos norte americanos em quererem processar tudo e todos por qualquer motivo tem levado as empresas a criarem esses tipos de avisos, óbvios e inúteis.
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Aviso "anti-morte" em trator nos EUA rende prêmio ao fabricante do produto

Bob Dorigo Jones, presidente da organização, diz que o prêmio é uma forma descontraída de advertir para um problema sério. "Os advogados inecrupulosos sabem que podem entrar com ações ridículas contra fabricantes inocentes e chantageá-los a fazer acordos financeiros, mesmo nos casos em que o usuário ignorou as regras do senso comum".

Confira os premiados:

1º lugar - Aviso colocado em trator aletando o usuário para "evitar a morte" (vide figura acima).

2º lugar - Alerta colocado na embalagem de um decalque a ferro para camisetas, advertindo o usuário a não passá-lo com o ferro quente enquanto estiver vestindo a camiseta.

3º lugar - Aviso em um carrinho de bebês, que alerta o usuário para que não coloque a criança na bolsa localizada na parte de trás do carrinho.

Em todo caso, precaução não faz mal a ninguém né?
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foto: AP

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Ave, Milan ... Ave, Kaka' ....

MUNDIAL DE CLUBES


O principal jogador do time de Milão não precisa nem fazer gol para brilhar. O site do jornal italiano “La Gazzetta dello Sport” chegou a estampar: Kaká acende a luz e o Milan vai à final. Parece exagero, mas não para quem acompanhou a partida do Milan contra o Urawa Red Diamonds pelas semi-finais do Mundial de Clubes, em Yokohama.

Dos pés de Kaká saíram as jogadas mais perigosas e foi dele o passe para que Seedorf fizesse o gol da partida, quando ficou livre “cara do gol”, já no segundo tempo. A postura defensiva do Urawa facilitou as jogadas e Kaká, Seedorf e Pirlo empurraram o Milan para o ataque. No “tudo ou nada”, o Urawa saiu para o ataque animados pela torcida que fez um belo espetáculo, a pressão foi grande para o empate, mas o atual campeão da Liga Européia mostrou mais maturidade.

A final acontece domingo, 8h30, horário de Brasília, contra o argentino Boca Juniors. No site do jornal Olé, da Argentina, a vitória do Milan, POR 1 a 0, de hoje foi traduzia em uma frase: No hubo sorpresas. A vitória do torneio pode coroar a melhor fase do jogador brasileiro Kaká, ganhador da Bola de Ouro e o favorito ao prêmio de melhor jogador do ano pela FIFA. "O favoritismo devo à conquista da Liga e à boa fase do Milan", disse quando foi confirmado seu nome na lista dos indicados ao prêmio.
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foto: Reuters

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Campeão a pé

FÓRMULA 1 - MEMÓRIA

O dia 12 de dezembro é uma data histórica da Fórmula 1. Provavelmente uma das mais marcantes. Há exatos 48 anos (1959) o australiano Jack Brabham conquistava seu primeiro de um total de três títulos na categoria. Daí você deve pensar: "Sim, é uma data importante, mas por que seria mais especial que qualquer outro título?"

As circunstâncias do triunfo de Brabham é que fazem do acontecimento um dos mais incríveis exemplos de superação do esporte. Ao chegar a última etapa, no circuito americano de Sebring, Jack, então piloto da equipe Cooper, tinha 31 pontos na classificação do campeonato e era o favorito a taça de campeão, contra 25,5 de Stirling Moss, também da Cooper, e 23 de Tony Brooks, da Ferrari.
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Jack Brabham empurra seu carro até a linha de chegada para garantir o título

Logo no começo da prova Moss vê suas chances de ficar campeão desabarem, ao abandonar com um problema na caixa de marchas. Sobravam então Brabham e Brooks. Até que nos metros finais da última das 42 voltas o carro de Brabham, então líder da corrida, fica sem gasolina. Enquanto isso, Brooks passava para o terceiro lugar, mas estava completamente colado nos líderes Bruce McLaren e Maurice Trintignant, apenas um segundo atrás.

Jack então não pensou duas vezes: desceu do carro e, em um ato de heroismo e esforço, empurrou seu carro até a linha de chegada, cruzando na quarta posição, garantindo assim o título. O feito do australiano é tratado até hoje como um dos momentos mais emocionantes e perseverantes da história do automobilismo mundial.

Brabham realmente merece o sucesso que teve em toda a sua carreira. Um exemplo de piloto corajoso e competente, que ainda serve de inspiração para muitos pilotos da atualidade.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

De cavalo e sempre

MEIO AMBIENTE
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As idéias ambientalistas também fazem a cabeça dos franceses. Setenta cidades da França estão substituindo veículos motorizados por de tração animal. Todos os carros que fazem serviços públicos, como coleta de lixo, serão substituídos por carroças. Para os governos municipais, a ação colabora para a diminuição da emissão de CO², gás que causa o efeito estufa e principal responsável pelo aquecimento global.

Era comum os empregados públicos que fazem trabalhos com curta distância, como catar sacolas plásticas, deixarem os motores ligados durante a coleta, o que provocava um aumento da emissão do gás. As autoridades ainda salientam que o uso de tração animal não consume nenhum tipo de energia fóssil ou elétrica e o animal não polui o meio ambiente. A idéia, porém, não é coisa apenas do interior francês. Em Paris, a utilização das carroças também foi adotada, onde serão usadas para regar plantas e esvaziar os lixos.

Mas não é só por questões ambientais que a mudança aconteceu, mas também pó razões econômicas. Para o secretário-geral da prefeitura de Trouville-sur-Mer, Olivier Linot, o preço dos cavalos é mais acessível e o tempo que eles trabalham é maior que o de um carro. Ele explica que a coleta feita com os animais custa R$ 6,5 mil reais, enquanto a com carro chega à R$ 52 mil. A diferença é grande.

O trabalho dos animais pode variar. De acordo com o Haras Nacional, mil cavalos são usados por polícias do país. Em Saint-Pierre-sur-Dive, na Normandia, os animais são usados para transportar crianças à escola.

Alguns já sinalizam uma adoção do projeto em massa ano que vem. Com as eleições municipais, muitos candidatos estão inspirados na idéia e podem apresentar programas ambientais em suas campanhas. Segundo Linot, cerca de trinta outras cidades estão interessadas no uso de cavalos sendo que dez delas já projetam a ação.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Da escuridão para a beleza de encher os olhos

ARTE
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O Museu do Diálogo, localizado em Campinas/SP, faz os visitantes sentirem a sensação de viver sem enxergar nada. Agora, será o lugar do 4º Leilão de Arte do Antiquário Fakiani, amanhã, dia 08. As obras são do espólio do ex-presidente Jânio Quadros, que era mestre nato da arte da comunicação e tinha obras valiosas para colecionadores. O evento ainda terá a presença de Jânio Quadros Neto.

Serão leiloadas 30 obras, entre as quais pinturas do famoso francês Emine Van Marcke de Lummen, que envolvia os apreciadores de sua arte em uma viagem ao coração da paisagem francesa, com a proposta de que ouvissem o som da relva sob os seus pés.

O Antiquário Fakiani já promoveu três leilões em Campinas e resultaram em grandes sucessos. O último, no dia 1º de setembro, atraiu 160 pessoas, além dos lances de apreciadores de todo o país por telefone. Assim como nos anteriores, estará presente o leiloeiro Emerson Curi.

O evento começa as 20h30 e o Museu do Diálogo fica no Galleria Shopping, Rod. Dom Pedro I – km 131,5, no Jardim Nilópolis, em Campinas.

De olhos bem abertos
Quem for ao leilão, ainda poderá apreciar trabalhos de artistas renomados como Henri Arthur Bonnefoy, Giuseppe Perissinoto, a arte húngara de Gratte, Gyula, Csaky e Lasxlo, móveis europeus do século XIX, peças chinesas e outros objetos. Porém, a exposição termina hoje.

ilustração: “Vaso de Flores”, óleo s/tela de Giuseppe Perissinoto

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

De carros à macarrão

ITÁLIA
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Na época áurea da indústria automobilística, Ford, o proprietário da empresa, teve a idéia de pagar aos seus funcionários uma quantia suficiente para que eles pudessem também ser consumidores da empresa, comprar um carro. O objetivo: aumentar as vendas. Parece estranho, mas em pleno século XXI, um empresário pensou da mesma forma.

Enzo Rossi é um italiano dono do pastifício (empresa que fabrica massas ... Mamma mia!) La Campofilone. Ele decidiu passar um mês inteiro com o salário de um operário de sua empresa. O objetivo inicial era mostrar à suas duas filhas, uma 14 e outra de 15 anos, que a vida das pessoas mais pobres era difícil. “Achei que seria pedagógico para as meninas aprenderem a controlar o dinheiro. Para isso, combinei com a minha família que passaríamos um mês inteiro com cerca de 1000 euros para mim e outros 1000 para minha mulher, que também é funcionária da empresa”, disse.

O resultado: Não conseguiu passar de 20 dias, mesmo economizando ao máximo nas despesas. “Faltavam dez dias para acabar o mês e eu não tinha mais 1 euro no bolso”, falou envergonhado em entrevista a Revista Veja. Rossi concluiu, então, que se o dinheiro acabava para ele, o mesmo devia acontecer com os funcionários e se perguntou: Como eles se viravam do dia 20 ao dia 30? “Era impossível viver com o salário que eu pagava”, disse. A conseqüência da experiência foi o aumento de 200 euros para todos os funcionários.

O empresário confessa certo egoísmo na decisão de aumentar o salário dos empregados. “Se o salário é insuficiente, os funcionários vivem sob stress psicológico e, conseqüentemente, trabalharão menos e mal. Quero que eles estejam bem para aumentar meus lucros”, declarou.

O pastifício ainda não teve o retorno do “investimento”, mas Rossi diz que isso não irá demorar a acontecer visto que no fim do ano aumenta a venda de alguns produtos como o maccheroncino de Capofilone (um tipo de macarrão finíssimo). Segundo o empresário, sem stress devido à falta de dinheiro, os funcionários melhorarão a qualidade das massas e venderá mais. “Com a renda extra, os meus funcionários comprarão mais da massa que fabricam. As vendas vão disparar”, argumentou o italiano.
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Quando perguntado se sugere que outros empresários façam o mesmo, Enzo Rossi diz que cada um tem sua própria ética e deve fazer da sua vida o que achar melhor. “Para mim valeu a pena”.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Um simples coadjuvante

FÓRMULA 1 - MEMÓRIA
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O Blogo News estréia hoje uma nova seção para os amantes do automobilismo: a seção "Fórmula 1 - Memória". Neste espaço, traremos ao leitor histórias ou matérias sobre datas comemorativas da categoria, como homenagens aos pilotos nos seus dias de nascimento ou falecimentos, ou então fatos que marcaram a trajetória da mais importante categoria do automobilismo mundial. Espero que gostem e aprovem a novidade.

François Migault foi um piloto que competiu na categoria na década de 70. Dono de um talento apenas razoável, o piloto francês, natural da cidade de Le Mans fez o caminho que era comum aos pilotos da época na saga de tentar andar na Fórmula 1. Andou de F2 e F3, chegando a participar de uma corrida de F3 aqui no Brasil, no circuito gaúcho de Tarumã em 1971, a bordo de um Tecno. Os resultados do piloto nas categorias menores nunca foram expressivos, tanto que nesta corrida no Brasil, Migault foi apenas o oitavo colocado na segunda bateria do evento.

François Migault e seu Connew na pista austríaca de Zeltweg, em 1972


Mas em 1972, François conseguiu uma vaga na F1. Ele estreava na categoria na sétima etapa daquela temporada, no circuito inglês de Brands Hatch, pilotando o solitário carro da fraca equipe Connew. O resultado, como se esperava, não foi bom: o piloto de então 28 anos sequer conseguiu se classificar para o grid de largada, com um tempo oito segundos acima do pole, o belga Jacky Ickx. Até o término da temporada, François não conseguiu completar uma prova sequer.

Após a fracassada temporada de estréia, Migault só voltou a competir na categoria em 1974, onde conseguiu uma oportunidade na já decadente BRM. Os resultados também não foram nada animadores. Após o fim do campeonato, a melhor posição de chegada em uma corrida do francês havia sido um 14º lugar.

Migault ainda chegou a disputar duas corridas em 1975 pelas equipes Hill e Williams, mas sequer conseguiu repetir os fracos resulatados do ano anterior e abandonou a categoria. Em toda sua carreira, ele participou de 16 GPs, tendo conseguido se qualificar em 13 deles, e não conseguiu marcar nenhum ponto. Após sua carreira na F1, ele participou de várias edições da tradicional 24 Horas de Le Mans.

François Migault completa hoje 63 anos de idade, e é apenas mais uma "linha" nas inúmeras páginas que compõem a história da Fórmula 1. Mas, sem dúvidas, pode se orgulhar de ter estado em um lugar cobiçado por muitos.

foto: f1-facts.com

domingo, 2 de dezembro de 2007

Tragédia anunciada

FUTEBOL

O Campeonato Brasileiro de 2007 acabou, e mais uma vez uma grande equipe do país viverá o drama e o calvário de disputar a Série B no ano que vem. Parece que as situações vividas por Palmeiras, Botafogo, Grêmio, Atlético Mineiro e Coritiba não serviram de lição para o Corinthians, que graças a um empate contra o Grêmio, e a vitória do Goiás sobre o Internacional, não conseguiu escapar do rebaixamento, coroando uma melancólica temporada que o seu torcedor gostaria de esquecer.
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O que poucos assimilam é que não foram as derrotas para Vasco e Grêmio nas duas últimas rodadas que guiaram o time de Parque São Jorge para este destino. Elas foram apenas frutos de uma equipe desorganizada, com inúmeros problemas administrativos e um plantel de vários jogadores incapacitados de darem ao time outro destino senão o rebaixamento.

O filme vivido pelo Corinthians já foi visto anteriormente, protagonizado pelo rival Palmeiras. Em 2002, no ano em que a equipe alvi-verde foi rebaixada, a imprensa e os próprios jogadores do time demonstravam despreocupação e descaso com o perigo da queda. Era comum vermos jornalistas esportivos dizendo em seus programas frases do tipo "Não, o Palmeiras não vai cair para a Série B. No final tudo se resolve. A camisa ganha jogo sim!". O que acabou acontecendo naquele ano não foi bem isso, mas essa é outra história.
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Zelão fica caído no gramado do estádio Olímpico após o rebaixamento
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Eis que, nesse ano, a coisa voltou a se repetir. Alguns comentaristas-jornalistas (que são descaradamente parciais e corinthianos, e não sei por que não assumem isso) entoavam o coro de que o Corinthians era "imune ao rebaixamento". A cada rodada que se passava, a mesma conversa fiada se repetia. O resultado esta aí! Queda para a segunda divisão e desespero dos torcedores corinthianos, que cansaram de apoiar o time e não receberam dele como recompensa a permanência na elite do futebol brasileiro.
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O que dizer dos jogadores? O goleiro Felipe deu uma polêmica declaração antes do jogo contra o Vasco com um certo tom de deboche e arrogância, dizendo que ganhariam a partida e que o Goiás perderia seu jogo, livrando sua equipe do rebaixamento e, de quebra, ainda insinuou que poderia complicar a vida do Palmeiras na briga por uma vaga para a Copa Libertadores. De fato, o Goiás perdeu naquela ocasião e o Palmeiras não conseguiu a vaga, mas ele perdeu uma chance de ouro de ficar calado!
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Uma coisa é certa: mais uma vez ficou comprovado que "camisa não ganha jogo". Agora resta ao Corinthians analisar os (muitos) erros cometidos, juntar os cacos e pensar na Série B em 2008.
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Torcedores corinthianos choram a inédita queda do time para a Série B

Obs: Vibrei tanto com a queda do Corinthians que nem me importei que o meu time não foi pra Libertadores!

fotos: Thiago Bernardes/UOL