ARTIGO
Poucas vezes ouvimos falar dos benefícios do Bolsa-Família. De fato, o que está mais visível na mídia e na boca das pessoas - classe média e alta - são as críticas a projetos assistencialistas como este. No entanto, a edição de ontem (11/08) do Estadão me surpreendeu. Uma matéria de página inteira falando de beneficiados do sistema que, ao melhorarem as condições de vida, pedem voluntariamente o seu desligamento. A matéria já inicia com um diferencial, tendo na íntegra a pequena carta de uma beneficiária do programa em que pedia para ser desligada. Eis a carta abaixo:
"Bom dia! Eu, Sueli Miranda de Carvalho Silva, venho, por meio destas linhas, agradecer os idealizadores do Bolsa-Família, os anos que fui beneficiada. Ajudou-me na mesa, o pão de cada dia. Agora, empregada estou e quero que outro sinta o mesmo prazer que eu, de todo mês ser beneficiada. Obrigado."
Até agora, desde a criação do programa em 2004, constam mais 60 mil pedidos de desligamento, sendo a maior parte na região sul e sudeste. Dados como estes mostram que as pessoas não estão se acomodando, diferente do que está sempre na boca do povão.
"Bom dia! Eu, Sueli Miranda de Carvalho Silva, venho, por meio destas linhas, agradecer os idealizadores do Bolsa-Família, os anos que fui beneficiada. Ajudou-me na mesa, o pão de cada dia. Agora, empregada estou e quero que outro sinta o mesmo prazer que eu, de todo mês ser beneficiada. Obrigado."
Até agora, desde a criação do programa em 2004, constam mais 60 mil pedidos de desligamento, sendo a maior parte na região sul e sudeste. Dados como estes mostram que as pessoas não estão se acomodando, diferente do que está sempre na boca do povão.
O fato é que para a maioria das pessoas beneficiadas, uma renda extra no final do mês ajuda em muito no sustento da família. Portanto, para não perder o auxílio, a ida à escola torna-se um compromisso forte e constante para pais e filhos. Para incentivar atitudes voluntárias de honestidade como esta, o governo permite que caso a família necessite novamente da bolsa, ela pode se reinscrever. Em outra situação, quando o governo verifica o aumento da renda, a família tem um prazo para ter a certeza de que conseguirá se manter e não voltar para a linha de probreza. Claro que não podemos generalizar.
Há muitas pessoas que se aproveitam do assistencialismo, mas tem muita gente que necessita e aproveita muito bem o benefício. O senso comum deveria deixar de ser senso comum, dissipando opiniões meramente anti lulistas.
Foto: divulgação
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