quarta-feira, 2 de julho de 2008

A Festa Literária de Paraty começa hoje

ESPECIAL FLIP

Escritores e anônimos caminham pelas ruas estreitas da cidadezinha que, durante o império, escoava o ouro extraído principalmente de Minas Gerais. A fortuna retirada das terras brasileiras para pagar as dívidas da má administração da coroa portuguesa era transportada por cavalos na Estrada Real e dá, agora, espaço para outra riqueza; dessa vez bancas de venda de livros e conversas sobre a arte da escrita.

A 6ª Festa Literária Internacional de Paraty começa hoje na cidade histórica do estado de Rio de Janeiro. A Flip ocorre até dia seis e promete discussões amplas sobre literatura e diversas áreas que a circundam. A diversidade cultural deve ser a marca do evento desse ano que homenageia o centenário da morte do maior escritor brasileiro, Machado de Assis.

Apesar de “comedida, discreta, crítica e equilibrada”, segundo Flávio Moura, diretor de programação da Flip, a homenagem ao escritor buscará discutir e refletir sobre a figura polêmica do fundador da Academia Brasileira de Letras, e não a qualidade, indiscutível, de seus textos. A abertura da festa já trará uma conversa que se debruçará sobre o escritor. Chamada de “A Poesia Envenenada de Dom Casmurro”, a mesa será comandada por Roberto Schwarz.

São esperados de 15 mil a 20 mil visitantes e, segundo a organização, pretende-se criar uma pesquisa com a ajuda da Fundação Getúlio Vargas para analisar o número de pessoas que participaram da festa literária.

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