terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Reciclar é o caminho

SÉRIE ESPECIAL - PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
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A reciclagem que já foi pautada como “catar lixo” é, hoje, o caminho para a preservação ambiental. Não se poder negar a força dessa atividade nos últimos anos. A época do carnaval mostra, por exemplo, que encontrar uma latinha de alumínio na rua é tarefa difícil. Mal a pessoa termina de tomar sua cervejinha ou refrigerante, já tem alguém “de olho” para guardá-la em um saco cheio delas.

A preservação ambiental, na era da conscientização do uso sustentável do planeta, mostra que já deixou de ser coisa de um ou outro, mas de pessoas que vêem nos materiais reciclados a ajuda para aumentar a renda familiar e uma alternativa ao desemprego, apesar de a maioria delas ainda trabalhar na informalidade.

O alumínio continua o campeão de reciclagem no Brasil. Cerca de 95% do que é produzido, é reciclado. Apesar desse número expressivo, ainda não há motivos para comemoração. Segundo a Associação Compromisso Empresarial para a Reciclagem, CEMPRE, o Brasil aproveita apenas 11% de tudo o que joga na lata do lixo. Número cinco vezes menor que a dos países desenvolvidos. Apenas 327 municípios brasileiros têm algum sistema de coleta seletiva, apenas 6% do total de cidades do país.

A preocupação está também voltada para as sacolas plásticas, que são reaproveitadas pelo brasileiro para colocar lixo. Calcula-se que uma pessoa adulta no Brasil use, em média, 150 sacolas plásticas por ano. No mundo, circulam anualmente de 200 a um trilhão delas. Números preocupantes já que a maioria delas vai parar em aterros sanitários, até mesmo em rios e mares, onde matam animais que as ingerem, como baleias e golfinhos que as confundem com alimento.

Ao contrário de Portugal e Brasil, onde as sacolas são distribuídas gratuitamente e a mania de alguns supermercados desperdiçarem número gigantesco já que colocam poucos produtos dentro de uma mesma sacola, na Alemanha elas são pagas pelo consumidor e é comum, então, o uso de sacolas de pano ou caixas de cartão. A República da Irlanda foi a primeira da européia a criar medidas para diminuir a produção dessas sacolas. Em 2002, a Irlanda introduziu o PlasTax, um imposto que cobra 0,15 euros ao consumidor por casa saco. O resultado foi positivo: uma redução no consumo de 90% e a arrecadação de 23 milhões de euros para serem investidos em projetos ambientais. O Reino Unido já estuda implantar a medida irlandesa.

Hoje, estão em discussão as sacolas biodegradáveis. Elas são feitas com polietileno de baixa densidade, o que torna o plástico mais sensível ao calor, à luz e à umidade, acelerando, assim, sua decomposição. Estima-se que essas sacolas são absorvidas pela natureza em até um ano e meio, enquanto as tradicionais podem demorar mais de cem anos - dependendo da exposição à luz ultravioleta e outros fatores - para desaparecerem da Terra. Essa iniciativa, porém, gera a revolta de algumas empresas, já que as sacolas biodegradáveis são mais caras. Uma alternativa seria então o governo isentá-las de impostos para que sejam mais utilizadas.

Acredita-se que a educação ambiental, feitas aos poucos nas escolas e pelas áreas de comunicação, pode aumentar o número de colaboradores nessa “empreitada” pela preservação do planeta e, conseqüentemente, da vida.

3 comentários:

Thiago! disse...

parabens pelo seu blog...

gostei muito dele!

Anônimo disse...

Legal saber que ainda existem pessoas que se preocupa com o meio ambiente!!!

Bjs

Forlly disse...

bom post!
;D