quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Autoridades de volta à telona

CINEMA

E lá vem mais um fenômeno do cimena nacional. Depois do osso duro de roer da "Tropa de Elite" em 2007, 2008 traz "Meu Nome Não é Johnny", filme que conta a história do jovem da classe média carioca João Guilherme Estrella. Ele se tornou um dos líderes do tráfico de drogas nos anos 90, e é interpretado por Selton Mello.

Numa discussão semelhante a do filme de José Padilha, há uma cena em que dois policiais passeiam com João pela noite, calcada de humor negro, representativa da questão sobre as autoridades que o cinema brasileiro tem levado para a sociedade. A diferença é que agora o assunto vem de uma maneira mais cínica e menos violenta do que em "Tropa de Elite".
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Em 1995, João vai parar na cadeia. Lá descobre um mundo onde sua lábia não funciona. Ele passa a ser tratado como "playboy" e tem que se adaptar para sobreviver. Seu caso é julgado por uma das juízas mais rígidas do Judiciário (interpretada por Cássia Kiss), mas mesmo assim o traficante tem a detenção reduzida a dois anos, tempo que levou para se recuperar. Hoje, ele é produtor musical no Rio de Janeiro.

Produzido por Mauro Lima, o filme é baseado em fatos reais e inspirado no livro-reportagem do jornalista mineiro Guilherme Fiúza. Mauro tenta evitar um discurso moralista, mas também não pretende incentivar o consumo de drogas. A intenção é mostrar o risco da experiência humana de Estrella, que ao contrário do esperado viveu para contar a história.

No último fim de semana o filme atingiu o topo da bilheteria dos cinemas brasileiros, mesmo em sua segunda semana de exibição. "Tropa de Elite", de José Padilha, foi visto (oficialmente e sem pirataria) por 2,4 milhões de pessoas - décima maior bilheteria de todos os tempos. "Meu nome não é Johnny" já tem 150 mil pagantes na semana de estréia. Mas o primeiro da lista de filmes mais assitidos ainda é "Dona Flor e Seus Dois Maridos" (1976), com 10,7 milhões de espectadores.
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FOTO: Divulgação

3 comentários:

Renan Becker disse...

Este filme pelo que vi deve ser um bom filme, o trafico realmente não compensa

Anônimo disse...

O filme é sensacional e prova que o cinema nacional tem valor! O roteito do filme é mto bom e as produções dos filmes brasileiros tem melhorado mto. Acho q ficou bem claro q vale a pena investir em cinema de qualidade no país, basta observar o crescente público que vai ao cinema e assisti filmes nacionais. E qdo uma produção rende...as próximas tendem a ser melhores...

Filipe Marques disse...

Recomendo o Filme
o cinema Verde-amarelo
Já passou da adolescencia
se tornou um homem Maduro
=)