JORNALISMO
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A pesquisa divulgada no úlitmo dia 11, pelo jornal Folha de São Paulo, mostra o que todos já sabíamos: é um jornal da elite - assim como outros. Depois de ganhar na justiça o direito de usar o slogan "o maior jornal do país", devido a tiragem de 307 mil exemplares diários contra 286 mil de "O Globo" , a Folha fez uma pesquisa, através do Datafolha, que resultou na manchete: "Leitor da Folha está no topo da pirâmide social brasileira". Segundos os dados, 90% dos leitores estão nas classes A e B. Comparando-se com os dados nacionais, 18% da população está nessas classes. A maioria é branca, católica (55%), casada (53%), com filhos (61%) e com pelo menos um bicho de estimação (61%).
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A pesquisa questionou alguns assuntos polêmicos e o resultado foi: são a favor do casamento gay, da legalização do aborto, da reforma agrária e da redução da maioridade penal; e, por outro lado, são contrários à descriminalização da maconha e contra a pena de morte.
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Muito mais que uma pesquisa do Perfil do Leitor, ela mostra que os jornais impressos são, muitas vezes, inacessíveis pelas classes menos favorecidas, até mesmo a C, que na pesquisa representou 10% dos leitores, uma queda de 4% comparado a pesquisa feita em 1997. A diminuição dessa parcela dos consumidores da Folha comprova que o poder de compra da classe média diminuiu , e como o jornal é tido muitas vezes como algo supérfluo, é a despesa cortada em um momento de crise financeira.
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Contudo, o crescimento do poder das classes mais pobres - D e E -, não acompanhou a compra de jornais impressos. Essas classes nem aparecem na pesquisa. A resposta para isso é a falta de costume dessa população de ler esses periódicos e, como o jornal é voltado para a elite, não se vê representado por ele. A pesquisa mostrou que 53% dos leiores preferem jornais impressos à TV aberta, a preferida - com seus Gugus e Gimenez - da população pobre do país.
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