quinta-feira, 6 de novembro de 2008

"Como é que é?"

NOMES
Adalex mostra com orgulho seu RG; nome incomum é diferencial para ele
.
"Adalex? É nome de remédio, não é?" Esse é o slogan criado pelo estudante Adalex Souza. O nome diferente foi escolhido por um amigo de sua mãe. “Ele gostava de sugerir nomes diferentes, inclusive dos familiares dele”, explica. Porém, nomes assim, alguns até tidos como ridículos podem afetar a vida social de uma pessoa.

Segundo a psicóloga Ana Paula Rizzato, o portador de um nome que possa gerar “brincaderinhas” pode despertar um sentimento de inferioridade, principalmente na fase da adolescência, na qual o jovem busca identificação nos grupos que participa. “Dependendo de como é tratado e aceito por cada indivíduo, o nome pode incomodar a tal ponto que contribuirá para desenvolver a baixa auto-estima”, complementa a psicóloga.

Desde 1973, entretanto, a Lei dos Registros Públicos legitima o oficial do cartório a não registrar nomes que possam expor ao ridículo os seus portadores. “Caso os familiares não se conformem com essa recusa, é necessário que solicitem ao oficial que encaminhe a decisão para o Juiz Corregedor Permanente da Serventia (cartório)”, explica Rodrigo Feracine Álvares, Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais de Amparo, SP. Através de um procedimento administrativo, há a manifestação do juiz de aceitar ou não o registro com determinado nome.

Para aqueles que foram registrados com nomes estranhos, a lei prevê a alteração. No primeiro ano após ter completado 18 anos, o interessado pode alterar seu nome, mas desde que não prejudique seu sobrenome. De acordo com Álvares, a alteração também é feita de forma administrativa. Após esse período de um ano, qualquer alteração deverá ser feita através de processo judicial. A decisão, nesses casos, fica nas mãos do juiz.

O estudante Adalex não esconde que já pensou em alterar o nome. “Incomoda-me ter sempre que repetir meu nome, ou aquela coisa da pessoa dizer: ‘’Poxa, como é mesmo seu nome? É um nome estranho, né?’. Mas, na verdade, eu sou daqueles que procura sempre ver o lado bom de tudo, então aproveito a excentricidade do meu nome para criar meu marketing, por isso cunhei o jargão”, complementa.
.
FOTO: Adilson Jorge

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Roteiro de cinema

FÓRMULA 1 - INTERLAGOS 2008


Certa vez, me disseram que o automobilismo não pode ser um esporte excitante. Afinal, "como pode haver graça em ficar vendo um bando de pilotos seguindo uns aos outros e dando giros no mesmo lugar durante mais de uma hora"? A prova que desmente tal teoria foi a tarde do último domingo, no qual milhões de brasileiros pararam para apoiar seu mais novo ídolo: Felipe Massa.

Olhar para a televisão e ver o belo circuito de Interlagos, completamente lotad
o de torcedores gritando o nome de Massa, e fazendo uma festa incomparável, realmente foi de arrepiar, lembrando até os emocionantes domingo nos quais a nação brasileira parava para torcer pelo nosso querido e saudoso Ayrton Senna. O que vemos agora é um sentimento igual da nossa população, a de ter encontrado seu novo ídolo no automobilismo. E isso não veio à toa. Felipe Massa conquistou o carinho dos brasileiros, graças a sua evolução tanto dentro e fora das pistas. Mais centrado, tanto dentro como fora das pistas, o piloto mostrou uma evolução impressionante em relação ao ano passado. Para não restar dúvidas da popularidade dele, o reconhecimento dos torcedores pelo seu esforço, mesmo que não tenha conseguido ganhar o título, já diz por si só.

Mas a verdade é que todo o desenrolar da prova decisiva da temporada 2008 da Fórmula 1 foi de fazer inveja até a Steven Spielberg. O script parecia ter sido feito sob medida manter o suspense e a ansiedade do primeiro ao último segundo das 71 voltas da corrida. Primeiro, veio o famoso "pé d'água" paulistano, faltando apenas dois minutos para a largada. Uma chuva, rápida e forte, suficiente apenas para lavar o autódromo. Tinha de rápida, afinal, ela teria que ser a coadjuvante do roteiro, pelo menos por enquanto...

Após perder um titulo praticamente ganho em 2007, Lewis Hamilton ganhou de forma emocionante o campeonato desse ano

Com pneus de chuva intermediária, os pilotos largaram. E o que vimos foi uma guerra tática. Massa fazia sua parte, mantendo a liderança e guiando firme rumo à vitória. Mas isso não bastava apenas, ele precisaria vencer e torcer para Lewis Hamilton ser no máximo sexto colocado. O piloto inglês da McLaren fazia uma corrida aparentemente tranqüila, embora sem brilho, mas que era suficiente para lhe dar o tão sonhado título que escapou de forma incrível no ano passado. O quarto lugar que ele ocupava era bastante confortável.

A chuva rodeava o circuito, mas não caía. Os pilotos já estavam de pneus de pista seca, e a corrida continuava num desfecho tranqüilo para Hamilton, já a poucas voltas do final. Mas o imponderável veio a sete voltas do encerramento. A chuva voltou, e dessa vez para se tornar o personagem principal da corrida. Não era uma chuva forte, mas o suficiente para levar quase todos os pilotos (incluindo Massa e Hamilton) para os boxes, para colocar pneus intermediários. Quase todos!

A Toyota, com seus pilotos Timo Glock e Jarno Trulli, resolveu dar uma cartada arriscada, preferindo deixar seus pilotos na pista, com pneus de pista seca, apostando que a chuva não apertaria. Sem a parada de Glock, Hamilton caiu para o quinto posto, no limite do que ele poderia chegar para ser campeão. Só que aí apareceu um jovem piloto, Sebastian Vettel, e mostrou porque tem pinta de um futuro campeão mundial. O piloto sensação da temporada aproveitou a chuva e um vacilo de Hamilton para ultrapassá-lo e garantir momentaneamente o título de Massa.

Interlagos foi à loucura! Os torcedores nas arquibancadas não se continham, assim como os milhões de telespectadores por todo o Brasil. Massa guiava com todo o cuidado na última volta, a parte dele estava cumprida. Ao cruzar a linha de chegada e vencer a corrida, ele era campeão. Restava agora aguardar e torcer para que o incrível Vettel se mantivesse a frente de Hamilton. E foi o que aconteceu. Mas o que poucos esperavam era que a chuva apertasse, e Glock, com seus pneus de pista seca, não tivesse condições de segurar quem vinha atrás. Perdeu muito rendimento, e não conseguiu evitar a ultrapassagem de Hamilton...na última curva do circuito!

Hamilton ultrapassa Glock na última curva da corrida, e ganha o título "nos acréscimos do segundo tempo"

Massa foi campeão por menos de um minuto. O clima de frustração nas arquibancadas e nos boxes da Ferrari foi geral. Como poderia um título ser perdido faltando aproximadamente 500 metros? A verdade é que Felipe foi impecável durante todas as voltas, e fez por merecer toda a vibração da torcida. Fez sua parte, mas tinha de contar com o quase impossível, que por poucos segundos se tornou realidade. Mas fica claro que o título não escapou na última curva, e sim durante o ano, nas trapalhadas da Ferrari (e em alguns erros dele também, coisas normais do esporte). Dizer que o título de Hamilton não foi merecido também não é justo, pois ambos os pilotos tiveram seus altos e baixos na temporada, cometeram erros e acertos, mas brigaram até o fim pelo título.

Parabenizar os dois pela brilhante campanha no campeonato seria dizer algo meio batido. Mas parabéns aos dois pilotos por fazer do automobilismo um esporte apaixonante e emocionante. 2009 reserva novas emoções...

foto 1: Mark Thompson/Getty Images
foto 2: Bruno Terena/Grande Prêmio
foto 3: Bruno Terena/Grande Prêmio

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sacolas que não agridem o ambiente ganham espaço

A substituição das sacolas plásticas convencionais – as usadas cotidianamente pelos brasileiros – por formas alternativas está ganhando espaço no Brasil. As sacolas oxi-biodegradáveis, por exemplo, já são realidade em diversas cidades no país. Municípios como Maringá, no Paraná, e Amparo, em São Paulo, criaram leis que obrigam o comércio a utilizar as sacolas ditas ecológicas. “Demos prazo de um ano após a sanção da lei pelo prefeito para que todas as sacolas convencionais sejam substituídas”, diz o vereador da cidade do interior paulista, Donizete Urbano (PT), que é autor do projeto de lei. A Câmara dos vereadores de Campinas, SP, também aprovou, em 1ª discussão, um projeto de lei semelhante. Agora, espera uma segunda aprovação para depois ser sancionada pelo prefeito municipal.

A diferença das sacolas convencionais para as oxi-biodegradáveis está na fabricação. Ambas utilizam o petróleo como matéria-prima, porém, nas segundas, é incluído um aditivo que acelera a decomposição do material numa velocidade até cem vezes maior que a da convencional. Em números, o plástico que levaria de 100 a 500 anos, segundo estimativas, para desaparecer da natureza, leva aproximadamente 18 meses, conforme o ambiente no qual a sacola foi depositada. As sacolas degradáveis são sensíveis ao calor, à luz e à umidade.

A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou em junho de 2007 um projeto de lei que previa a obrigatoriedade do uso de sacolas oxi-biodegradáveis em todo o estado. O deputado Sebastião Almeida (PT), autor do projeto, justificou que a lei contribuiria para incorporar a reciclagem no cotidiano da população. “Essas medidas [de substituição das sacolas convencionais], com certeza, já serão de grande ajuda e os frutos será colhidos lá na frente”, diz o texto do projeto. O que o deputado não contava era com o veto do governador do estado, José Serra, ao projeto. Críticos a rejeição da lei acreditam que o lobby das indústrias de plásticos pressionaram o secretário de meio ambiente, Xico Graziano, a argumentar contra a proposta.


Um dos argumentos contra à adoção das sacolas degradáveis é o preço da fabricação. As sacolas biodegradáveis – que são feitas a partir de produtos orgânicos – são muito mais caras que a convencional. O mesmo não acontece com as oxi-biodegradáveis. “Caso o comerciante opte por sacolas plásticas feitas do petróleo, mas com o aditivo, o preço não passa de 3 a 5% do valor da sacola convencional. Em alguns casos, quando se trata de uma rede de supermercados, o valor não se altera para o comerciante, mas o impacto que estas sacolas causam ao meio ambiente diminui sensivelmente”, diz o presidente da Fundação Verde, Cláudio José Jorge.

Sacolas convencionais

As sacolas plásticas convencionais começaram a ser fabricadas em na década de 1970. Considerando que a estimativa do tempo de decomposição não é inferior a 100 anos, a maior parte dessas sacolas ainda está, de alguma forma, na natureza. Hoje, são produzidas 150 “sacolinhas” para cada pessoa.

Os sacos plásticos tornaram-se populares depois que os supermercados e lojas começaram a distribuí-los gratuitamente para empacotar as compras dos clientes. Outro fator é que com a possibilidade de estampar a marca do comércio nas sacolas, elas também viraram forma de publicidade barata para os empresários.

Hoje, as sacolas plásticas são uma das formas mais comuns de acondicionar o lixo doméstico da população. Cerca de 90%, segundo estatísticas divulgadas pela Revista Ciência do Ambiente On Line, da Unicamp, delas vão para os aterros sanitários e dificultam a decomposição de outros materiais que ali foram depositados.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Debate entre candidatos teve a participação acalorada do público

ELEIÇÕES 2008

A Casa do Teatro promoveu, no último dia 07, o I Fórum de Cultura que contou com debate entre todos os candidatos a prefeito de Amparo: Ricardo Luis Silva (PSDB), Paulo Turatto Miotta (PT), Fernando Gabriel Cazzotto (PR) e Luis Oscar Vitale Jacob (DEM). A participação do público, que preencheu quase todas as 250 cadeiras disponíveis, foi marcante e polêmica na tribuna livre mais do que no momento da palavra aberta aos possíveis prefeitos.
Os candidatos estiveram há todo momento bastante amistosos, referindo uns aos outros em diversas vezes por “amigo”, diferentemente da platéia que contou com visíveis manifestações partidárias entre vaias e aplausos, principalmente com a presença na tribuna livre de pessoas ligadas à prefeitura ou na abordagem de assuntos que não se relacionavam à cultura, como infra-estrutura e críticas à atual administração.
O debate deu início com a apresentação do mediador Adilson Luís Jorge e com a leitura de um texto pela atriz da companhia de teatro “Arteatrando”, Márcia Aleiixo, que falou sobre a importância da cultura, sobre o grupo e a Casa do Teatro. “A arte e política se unem para expressar e decidir sobre seus novos rumos”, expressou a atriz.
A primeira parte do debate foi de 15 minutos para apresentação das propostas de cada candidato, que variou muito pouco uma das outras. Por ordem de sorteio, o candidato Graminha foi o primeiro a apresentar suas propostas para a cultura amparense. Citou parcerias com empresas privadas, projeto de uma biblioteca itinerante nos bairros e distritos de Amparo e a criação do Festival de Verão. O segundo candidato foi Jacob, que iniciou seu discurso com uma homenagem ao diretor de teatro e escritor Roberto Madureira falecido no último dia 08 de agosto. Assim como Graminha, Jacob ressaltou parcerias com a empresa privada e apoio à Casa do Poeta, Academia Amparense de Letras, entre outros. Jacob ainda citou a implantação do Projeto Guri, do Governo do Estado e disse que a prefeitura não se esforçou para trazer o projeto à cidade. Referindo-se sempre na terceira pessoa, ressaltou que ele foi um dos vereadores que transformou em lei o Festival de Inverno, prova de que o evento continuará caso seja eleito.
Miotta se baseou principalmente nos projetos que já estão em andamento, citando as melhorias e implantações. Falou da ampliação do Projeto Ciranda Criança que hoje atende 1.000 crianças e pretende ampliar para 5.000. Ressaltou a volta do carnaval, a criação do Festival de Inverno que foi uma idealização de sua autoria e a descentralização da cultura para os bairros. Terminou dizendo que para conseguir parcerias, como com a Petrobrás, tem de haver projetos bem elaborados.
Já Cazzoto iniciou seus quinzes minutos pedindo licença para se manter sentado, pois estando em pé disse se sentir superior aos amparenses. Alegou que o Festival de Inverno é uma semente gerando frutos, mas que é um evento anual e a cidade deve ter um programa permanente de cultura e lazer. Comprometeu-se também com a construção de um teatro oficial.
Após a exibição de propostas, os candidatos tiveram três minutos para responder às perguntas sorteadas. Com o clima um pouco exaltado após as manifestações na tribuna livre, os candidatos puderam fazer suas considerações finais e se defender diante das críticas da platéia.
Para marcar o I Fórum, a Casa do Teatro começou no evento um abaixo-assinado que pretende colher seis mil assinaturas para a criação do Conselho Municipal de Cultura. A lista será entregue no dia da posse do novo prefeito, dia 1º de janeiro.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Já é passado

FÓRMULA 1


Parece que aos poucos a polêmica sobre a controversa manobra de Lewis Hamilton sobre Kimi Raikkonen no GP da Bélgica do último fim de semana está esfriando. O motivo de toda a confusão foi que, ao cortar a chicane anterior à reta dos boxes e devolver a posição para Raikkonen de forma "duvidosa", Hamilton foi punido pelos comissários da prova e acabou perdendo a vitória, ficando apenas em terceiro lugar, entregando de bandeja o lugar mais alto do pódio para Felipe Massa, seu rival direto na luta pelo campeonato.
.
Apesar dos protestos da equipe McLaren com a decisão da FIA em punir o piloto inglês, e toda a repercussão na mídia no mundo todo, Hamilton parece já ter superado a perda da vitória e diz que o assunto já faz parte do passado. "Fiquei muito satisfeito com o trabalho que fiz lá. Certamente, eu saí do circuito bastante desapontado, mas corridas são assim mesmo", disse o líder do campeonato, só que agora com apenas dois pontos de vantagem para Massa. Apesar de ver a liderança ameaçada, Hamilton também disse estar muito confiante para as últimas corridas da temporada. "Tudo isso aconteceu não terá nenhum efeito em meu campeonato. Ainda tenho dois pontos de vantagem, e nós vamos continuar a atacar e a mostrar a mesma performance das últimas etapas", disse.

CHUVA PODE DAR AS CARAS EM MONZA

Assim como aconteceu nas últimas voltas da corrida belga de Spa-Francorchamps, a chuva pode aparecer no GP da Itália, no circuito de Monza, no próximo fim de semana. Segundo a previsão do tempo da região de Monza, a chuva deve aparecer com força no sábado, dia da classificação, devido às frente frias vindas do leste de Milão. Mas como a expectativa é de que as nuvens carregadas não saiam do lugar durante todo o fim de semana, a chance de chover está calculada entre 50 e 70%.

A corrida de Monza pode ser disputada sob chuva, assim como foi a da Bélgica

Com isso, a corrida pode se tornar uma loteria, assim como as três últimas voltas de Spa, beneficiando especialistas em dirigir no molhado, como o próprio Hamilton, Rubens Barrichello, Fernando Alonso e Sebatian Vettel. Já Felipe Massa, que possui um histórico nada favorável em condições de pista molhada, terá de torcer muito para as previsões não se concretizarem.

foto 1: Bertrand Guay/AFP
foto 2: John Tuys/AFP

domingo, 31 de agosto de 2008

veja a educação pela Veja

MÍDIA

Faltou-me tempo, faltou-me dedicação. Há uma semana venho adiando o que muitas páginas já deram, mas a minha indagação e indignação continuam aqui.
Na edição
do último dia 20, a Veja superou os limites do jornalismo sério. Muito eu ouvia da revista, sua tendenciosidade e falta de seriedade, mas me permiti compovar, mais ainda, na matéria sobre educação: "Você sabe o que estão ensinando a ele?"
Na reportagem de Monica Weinberg e Camila Pereira, sem rodeios - como inicia a matéria - o texto fala de Che Guevara, Paulo Freire e Marx como inspiradores para uma doutrinação esquerdista pelos professores na educação brasileira, tanto pública quanto privada.
Abaixo, um trecho - para mim - o mais surpreendente do tendencionismo e da banalização de grandes pensadores que acrescentaram em muito na luta pela igualdade social.

"Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de aprovação de citações positivas, 14% neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização. Entre os professores brasileiros ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico e teórico alemão Abert Einstein, talvez maior gênio da história da humanidade."

Paulo Freire foi o grande criador do método de educação para adultos, em que parte do princípio que a alfabetização se dá partindo da realidade do educando. Passou da teoria à prática nas áreas carentes do Nordeste. A fúria da Veja é contra qualquer ascenção das classes menos favorecidas e, qualquer um que possa propiciar isso, não serve para ela.
A revista se baseou em pesquisas para assumir e publicar que professores disseminam ideologias esquerdistas aos alunos. Entre elas, a mais indignante para a Veja foi a de que para 78% dos professores atribui à escola, antes de tudo, a função de "formar cidadãos" à frente de "ensinar a matéria" ou "preparar as crianças para o futuro".
Para a Veja, formar empresários capitalistas que enriquecem a classe dominante vem antes de qualquer base, fundamentação e conceito de cidadania. É por isso que as coisas estão como estão.
O problema não é a Veja ter uma visão. O grande problema é as pessoas tê-la como fonte de informação e se basearem nela para formar opinião.
Se quiser fazer um jornalismo tendencioso, que assim o faça, assumindo o seu lado, a sua posição, como tantos veículos de esquerda e alternativos.
Está na hora de termos um olhar mais crítico sobre a mídia e não aceitar tudo o que nos é transmitido.
É preciso tirá-la do topo de mais vendida no Brasil, antes de uma lavagem cerebral.

Foto: Veja Online

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Reunião da confraria militar

DITADURA MILITAR


Para cerca de 600 espectadores, o General Gilberto Barbosa de Figueiredo falou, promoveu palestras e juntou a confraria militar no Salão Nobre do Clube dos Militares, no Rio de Janeiro para debochar do governo e da classe baixa da sociedade brasileira.

A reunião, que ocorreu no último dia 07, foi um protesto contra a possibilidade de contestação à Lei de Anistia e abertura de processos contra torturadores da ditatura militar. O evento veio a calhar talvez por, dias antes, o Ministro da Justiça Tarso Genro e o secretário especial de direitos humanos Paulo Vanucchi terem defendido a punição dos torturadores a serviço do estado.

Algumas frases dos que estavam presentes na reunião mostram a aclamação ao autoritarismo e o dramático pavor ao comunismo, socialismo, Marx e tudo mais que possa pôr em risco o sistema ditatorial. Foram, portanto, publicadas na Carta Capital por Leandro Fortes, que cobriu a instinta reunião de idéias calcadas de conservadorismo.

“A anistia de 1979 não era para idealistas que rompiam com a legalidade na esperança de um país melhor. Era anistia para marxistas, marxistas-leninistas, revolucionários maus, perversos, que não perdoam a derrota”. (General Sérgio Augusto Coutinho, ex-chefe do CIE) “O revanchismo não é só um prazer de quem faz, porque esse prazer é de uma pessoa que é um revolucionário, que é um marxista-leninista, e, portanto, ele tem ainda um sonho, o sonho do socialismo do proletariado”. (General Coutinho, provavelmente se referindo ao ministro Tarso Genro ou ao presidente Lula)

“O pessoal que hoje se insurge contra a lei que os beneficiou estava fora do País, não estava nem trabalhando. Estavam (sic) vivendo às custas de dinheiro da conspiração internacional”. (Ribas Paiva, sobre o que ele alega ser a ingratidão da esquerda com a Lei da Anistia)

“Na Polônia, elegeram um metalúrgico, fez (sic) a experiência. Mas os poloneses tiveram inteligência suficiente de elegê-lo uma única vez e nunca mais! Aqui, demos um exemplo magnífico para a história dos povos e elegemos um metalúrgico, inclusive com o charme de falar (sic) com quatro dedos. Não tivemos a sabedoria dos poloneses e o reelegemos. A culpa é nossa, temos que aturar. Mas o mandato é certo, no final, vão sair. O presidente, o ministério e toda a turma que subiu com ele vai ficar (sic) nos seus devidos lugares. Ele será, sem dúvida nenhuma, um excelente presidente de sindicato, isso, provavelmente, dos metalúrgicos. Se for dos professores, vai meter os pés pelas mãos, como está metendo no governo”. (Zveiter, tropeçando no português, zombando da deficiência física do presidente Lula e insuflando o preconceito de classe, sob aplausos e gargalhadas, no Clube Militar)

Foto: Carta Capital

domingo, 17 de agosto de 2008

Quando o chão é o fim da linha

OLIMPÍADAS 2008 - GINÁSTICA ARTÍSTICA
.
O cenário do início desta manhã de domingo era um Brasil mais animado. Muitas pessoas abriram mão de suas horas de sono a mais que o primeiro dos dias da semana permite para assistir a uma geração que prometia (e ainda promete) dar alegrias a um povo desconfiado da participação da sua nação no maior evento esportivo do planeta.

Diego Hypólito, Jade Barbosa, e Daiane dos Santos encabeçam um grupo de atletas que está tornando a ginástica artística um esporte visto com bons olhos por nós, brasileiros, esbanjando carisma e competência mundo afora, mesmo com os conhecidos problemas que nossos atletas sofrem por aqui, como a falta de estrutura e apoio para dar continuidade às suas carreiras.

Diego Hypólito vai ao chão na final do solo: o ginasta não se conformou com o resultado e ficou desolado

Mas parece que o caminho do céu ao inferno é instantâneo e ingrato. Basta um movimento errado, um piscar de olhos e alguns deslizes que todo o trabalho de anos pode ir embora em uma fração de segundos. Mesmo com todo o favoritismo, e uma automática pressão exercida pelos veículos de comunicação, Diego Hypólito desabou, tanto fisicamente como psicologicamente, na prova final do exercício de solo.
.
Após fazer uma série quase perfeita, que lhe daria o inédito ouro olímpico, o paulista errou na última seqüência de acrobacias, e foi ao chão, levando embora consigo a esperança da glória, e até mesmo de um lugar no pódio, tendo que se contentar com o sexto lugar. Hypólito ficou desolado, limitou-se a baixar a cabeça e não se torturar, deixando de assistir as execuções dos próximos ginastas e incrédulo que havia perdido uma chance de ouro, literalmente.
.
A mesma situação foi vivida minutos depois por Jade Barbosa e Daiane dos Santos. Talvez o golpe tenha sido menor, pois não carregavam consigo o pesado favoritismo, apenas alguma esperança de medalha. Mas a pressão foi cruel, e as brasileiras também erraram. Jade se desiquilibrou e caiu de joelhos nos seus saltos sobre a mesa, ficando apenas em sétimo lugar. Já Daiane dos Santos não conseguiu emplacar mais uma vez seu brasileirinho, e exagerou, pisando fora do tablado duas vezes na sua execução do exercício de solo. Os deslizes a levaram a um modesto sexto lugar, nesta que foi a última chance da gaúcha disputar uma Olimpíada, pois havia prometido encerrar a carreira após os jogos de Pequim.

Jade caiu duas vezes na final do salto sobre a mesa, ficando em sétimo lugar

Cobrar e criticar nossos atletas nestes momentos de derrotas que estamos passando é no mínimo uma atitude sem inteligência e desumana, pois muitos de nós sabemos que, num país onde só se valoriza o futebol e algumas vezes o vôlei, estes atletas lutam muito para conseguir a chance de treinar decentemente e participar de um evento de grande proporção como as Olimpíadas.

Mas não podemos deixar passar em branco a nítida falta de preparo psicológico de nosso atletas, não só na ginástica como também em outros esportes. Certas vezes é difícil vermos algum norte-americano ou chinês realizar seu trabalho num momento decisivo como se fosse a coisa mais natural e segura de suas vidas, e vermos nosso brasileiros sucumbirem diante da pressão, deixando pra gente aquele amargo gostinho de "puxa, a gente podia estar no lugar deles". Alguma coisa realmente precisa ser feita!

fotos: Marcelo Pereira/Terra

Depende do ponto de vista, no caso americano

PEQUIM 2008

Tradicionalmente, a lista de classificação de medalhas nas Olimpíadas é feita pela quantidade de medalhas de ouro adquiridas. No entanto, os EUA através da sua imprensa, vem aderindo um novo método para se beneficiar, uma listagem com a contagem do total de medalhas, o que faz com o que os americanos tomem o primeiro lugar na classificação.

Na Índia, Alemanha e Argentina o site oficial do Comitê Olímpico, o quadro de medalhas é encabeçado pelo maior ganhador de medalhas de ouro, que neste ano é a China e em segundo lugar os EUA.

No portal online do jornal "The New York Times", essa afirmação concretiza a prepotência dos EUA até nos esportes.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Meninas do futebol

PEQUIM 2008
.
Estão na China! Com tantos chineses, não faltou torcida para a seleção brasileira

As meninas do futebol continuam encantando! O Brasil derrotou a Nigéria hoje com o placar de 3 a 1. Com a vitória, a seleção garantiu a classificação para as quartas-de-final invicta. Agora, as jogadoras encaram, na sexta-feira às 7h, horário de Brasília, a Noruega, que derrotou por 5 a 1 o Japão pelo grupo F.

O destaque do jogo de hoje foi Cristiane, autora dos 3 gols brasileiros. Depois de sofrer um gol, a seleção feminina partiu para o ataque e abusou das jogadas aéreas. Dois minutos depois de ter marcado o primeiro gol, de cabeça, Cristiane fez o segundo. O terceiro veio aos 19 minutos do segundo tempo. Depois disso, as meninas apenas administraram o resultado.
.
foto: AP

Brasil vence mais uma no vôlei

PEQUIM 2008
.


A equipe masculina de vôlei venceu novamente em Pequim, dessa vez a “família Bernardinho” derrotou o primeiro rival de peso da competição, a Sérvia, seleção com grande tradição nesse esporte. Mesmo sem a presença de Giba, poupado por causa de uma tendinite no ombro direito, os brasileiros venceram de virada por 3 a 1, parciais de 25-27, 25-20, 25-17 e 25-21. Depois de um início equilibrado, o Brasil precisou apenas adminstrar o resultado.

No lugar de Giba, ovacionada pela torcida mesmo sem tirar o agasalho, Bernardinho escalou Murilo, jogador que teve destaque na partida. “Contra estes times a gente sabe que tem que jogar 100%. A gente demonstrou isso nos últimos três sets. Não podemos relaxar um único segundo”, disse o jogador, segundo a UOL.

Agora o Brasil tem quatro pontos e volta a competir na quinta-feira, contra a Rússia, às 1h30, horário de Brasília. Contra a Polônia, atual vice-campeã mundial, a seleção da Sérvia precisará se recuperar das duas derrotas consecutivas para ainda sonhar com o pódio.

foto: Reuters

Bolsa Família tem desligamentos voluntários

ARTIGO

Poucas vezes ouvimos falar dos benefícios do Bolsa-Família. De fato, o que está mais visível na mídia e na boca das pessoas - classe média e alta - são as críticas a projetos assistencialistas como este. No entanto, a edição de ontem (11/08) do Estadão me surpreendeu. Uma matéria de página inteira falando de beneficiados do sistema que, ao melhorarem as condições de vida, pedem voluntariamente o seu desligamento. A matéria já inicia com um diferencial, tendo na íntegra a pequena carta de uma beneficiária do programa em que pedia para ser desligada. Eis a carta abaixo:

"Bom dia! Eu, Sueli Miranda de Carvalho Silva, venho, por meio destas linhas, agradecer os idealizadores do Bolsa-Família, os anos que fui beneficiada. Ajudou-me na mesa, o pão de cada dia. Agora, empregada estou e quero que outro sinta o mesmo prazer que eu, de todo mês ser beneficiada. Obrigado."

Até agora, desde a criação do programa em 2004, constam mais 60 mil pedidos de desligamento, sendo a maior parte na região sul e sudeste. Dados como estes mostram que as pessoas não estão se acomodando, diferente do que está sempre na boca do povão.

O fato é que para a maioria das pessoas beneficiadas, uma renda extra no final do mês ajuda em muito no sustento da família. Portanto, para não perder o auxílio, a ida à escola torna-se um compromisso forte e constante para pais e filhos. Para incentivar atitudes voluntárias de honestidade como esta, o governo permite que caso a família necessite novamente da bolsa, ela pode se reinscrever. Em outra situação, quando o governo verifica o aumento da renda, a família tem um prazo para ter a certeza de que conseguirá se manter e não voltar para a linha de probreza. Claro que não podemos generalizar.

Há muitas pessoas que se aproveitam do assistencialismo, mas tem muita gente que necessita e aproveita muito bem o benefício. O senso comum deveria deixar de ser senso comum, dissipando opiniões meramente anti lulistas.

Foto: divulgação

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Nossas primeiras medalhas

OLIMPÍADAS 2008 - JUDÔ

Agora desencantou! O Brasil saiu do zero na contagem de medalhas nos Jogos Olímpicos de Pequim. E isso graças ao Judô, esporte que sempre traz bons resultdos para o nosso país. Depois de algumas decepções, como a queda do bicampeão mundial João Derly, a equipe brasileira mostrou força nesta segunda-feira e conseguiu obter duas surpreendentes medalhas de bronze.
.
Ketleyn Quadros e Leandro Guilheiro brilharam nos tatâmes chineses, e de quebra mostraram a força do nosso judô, que com essas duas medalhas igualou a vela como o esporte que mais trouxe medalhas para o Brasil em Olimpíadas. E cada uma delas teve um gosto especial. O paulista Guilheiro se tornou o primeiro atleta da modalidade a conseguir medalhas em duas Olimpíadas seguidas. Já a jovem brasiliense Ketleyn, de apenas 19 anos, conseguiu o posto de primeira atleta nacional a subir no pódio olímpico em uma prova individual em todos os tempos.

Os caminhos para as glórias de ambos os judocas não foram diferentes: muita dificuldade e superação. Ketleyn enfrentou logo na segunda rodada a holandesa Deborah Gravenstijn, detentora de 17 medalhas em Copas do Mundo, e acabou perdendo. A partir daí a brasileira reagiu e embalou na competição derrotando os seus seguintes adversários, inclusive a espanhola Isabel Fernandez, campeã olímpica em Sydney-2000.
.
Leandro Guilheiro repetiu Atenas-2004 e ficou com o bronze na modalidade
.
Guilheiro passou fortes emoções logo na sua estréia. Após estar perdendo para o argentino Mariano Bertolotti, virou a luta no minuto final, numa disputa emocionante. O brasileiro apenas caiu na sua terceira luta, diante do campeão mundial, o sul-coreano Ki Chun Wang. Mesmo assim, ainda deu trabalho, forçando a prorrogação. Com a derrota, teve de enfrentar a repescagem, vencendo mais duas lutas e chegando ao tão sonhado pódio olímpico.

Mais uma vez o Brasil mostra sua força no judô, seja com o toque de experiência, como no caso de Leandro Gulheiro, ou na juventude e promessa que virou realidade, Ketleyn Quadros!

foto 1: Marcelo Pereira/Terra
foto 2: Reuters

sábado, 9 de agosto de 2008

Mesmo sem entrosamento, Ana Paula e Larissa estréiam com vitória

OLIMPÍADAS 2008 - VÔLEI DE PRAIA

Mesmo com uma série de fatores jogando contra, Ana Paula e Larissa, dupla recém-formada do vôlei de praia, venceram nesta manhã seu jogo de estréia na disputa do vôlei de praia feminino, contra a dupla da Georgia, as brasileiras naturalizadas Cris e Andrezza.

A nítida falta de entrosamento, junto com o forte calor de Pequim, algumas jogadas equivocadas, música da Xuxa (até isso!) e a surpreendente qualidade da dupla rival foram obstáculos que dificultaram muito o caminho de Larissa e sua mais nova companheira, Ana Paula, que substitui a lesionada Juliana, cortada dos Jogos Olímpicos devido a uma ruptura nos ligamentos do joelho.
.

Nem mesmo a falta de entrosamento (e a Xuxa) impediu que Ana Paula e Larissa estreassem com vitória em Pequim

O susto foi tão grande que as brasileiras não se encontraram em quadra no primeiro set e acabaram sendo derrotadas pelas "georgianas" pela parcial de 23 a 25, num set bastante equilibrado. Após o intervalo entre os sets, as brasileiras colocaram a cabeça no lugar e começaram a ganhar mais "quilometragem" jogando juntas, dominando assim as adversárias no segundo set, fechando a parcial em 21 a 17.

No tie-break, a dupla favorita dominou o jogo e mostrou um vôlei convincente, segurando o ímpeto das rivais, fechando assim a partida em tranqüilos 15 a 5, sacramentando assim a vitoriosa estréia, e mostrando que a dupla está conseguindo evoluir a passos largos, para brigar forte por uma medalha olímpica.

Realmente, já era esperada uma certa falta de entrosamento entre as duas brasileiras. Foi muito positiva a capacidade de superação de Ana Paula e Larissa, e como elas conseguiram passar a falar a mesma língua em tão pouco tempo. Continuamos no páreo!

foto: Marcelo Pereira/Terra

Delegação brasileira na cerimônia de abertura

OLIMPÍADAS 2008 - ABERTURA

Assista a entrada dos atletas brasileiros na grandiosa festa de abertura dos Jogos Olímpicos. Transmissão da TV Globo.

Diego Hypólito confirma favoritismo

OLIMPÍADAS 2008 - GINÁSTICA ARTÍSTICA


O ginasta brasileiro teve a melhor pontuação na fase classificatória do solo. aparelho no qual é bicampeão da Copa do Mundo. Antes, Diego decidiu disputar o salto . Na primeira tentativa conseguiu a nota 16.100 e o seu ténico achou melhor poupá-lo para a apresentação no solo e o ginasta ficou fora da decisão pela medalha no aparelho. Segundo ele, o salto seria apenas um aquecimento.

No solo, Diego preferiu não executar o exercício "Hypólito" - um duplo twist carpado com pirueta -, por ser a competição apenas classificatória. O ginasta recebeu dos juízes a nota 15.950. "Foi um bom trabalho, eu estou muito feliz. A série foi muito boa. Fiquei muito satisfeito com o resultado" disse o brasileiro ao SporTV.

A final do solo ocorre apenas no dia 17 de agosto. Os grandes adversários do brasileiro são o canadense Kyle Shewfelt, a jovem revelação chinesa Zou Kai e o romeno tricampeão mundial Marian Dragulescu.

A classificação para a final no solo masculino ficou com: 1 - Diego Hypolito - 15.950 Brasil, 2 - Marian Dragulescu - 15.925 Romênia, 3 - Gervasio Deferr - 15.825 Espanha, 4 - Fabian Hambuechen - 15.800 Alemanha, 5 - Kohei Uchimura - 15.725 Japão, 6 - Kai Zou - 15.700 China, 7 - Anton Golotsutskov - 15.600 Federação Russa, 8 - Alexandr Shatilov - 15.600 Israel, 9 - Soomyun Kim - 15.575 Coréia do Sul e 10 - Rafael Martinez - 15.550 Espanha.

Foto: Reuters

Michael Phelps quebra recorde olímpico

OLIMPÍADAS 2008 - NATAÇÃO



A promessa está se concretizando. O nadador norte-americano - que declarou antes do início dos Jogos Olímpicos que iria quebrar diversos recordes nas piscinas chinesas, superando - está cumprindo sua palavra. O primeiro feito ocorreu na prova classificatória para os 400m medley. Phelps garantiu o melhor tempo para a final com 4min7s82. A melhor marca até então também era do nadador, 4min8s26. A final do estilo ocorre na noite desse sábado, às 23h, manhã de domingo em Pequim.

"Estou muito satisfeito com o tempo. Não pensava que nadaria tão rápido nas eliminatórias. Agora tudo o que sei é que amanhã [sábado à noite, no Brasil] quero estar na raia do centro", disse o norte-americano.


Phelps já tem oito medalhas olímpicas - seis delas de ouro. Em Pequim, ele pode se tornar o maior vencedor da história da competição. Para o feito, ele precisa ganhar quatro medalhas, das oito que disputará. Com esse feito, o nadador quebrará o recorde do também americano Mark Spitz, sete vezes campeão olímpico (Munique 1972)
.

O brasileiro Thiago Pereira, revelação dos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro, ano passado,
ficou com entre os oito finalistas 4min11s74. "Foi melhor do que em 2004, em Atenas. Não esperava que os tempos dos outros adversários fossem tão fortes. Cansei no final, mas não nadei no meu limite. Amanhã será um novo dia.", disse o brasileiro em reportagem da BBC Brasil.

Confira a classificação dos oito finalistas:

1º- Michael Phelps (EUA) - 4min07s82
2º- Laszlo Cseh (HUN) - 4min09s26
3º- Luca Marin (ITA) - 4min10s22
4º- Ryan Lochte (EUA) - 4min10s33
5º- Gergo Kis (HUN) - 4min10s66
6º- Alessio Boggiatto (ITA) - 4min10s68
7º- Brian Johns (CAN) - 4min11s41
8º- Thiago Pereira (BRA) - 4min11s74


foto: site Globo Esporte

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O início de um evento sem fronteiras

OLIMPÍADAS 2008 - ABERTURA

Agora é oficial! Às 13:05 do horário oficial de Brasília foi acesa a pira olímpica, dando oficialmente o pontapé inicial dos Jogos Olímpicos de Pequim, a 26ª edição do maior evento esportivo do planeta na era moderna.

Um lindo espetáculo pirotécnico marcou a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Pequim

Com um público de aproximadamente 91 mil pessoas presentes do Ninho de Pássaro, a cerimônia de abertura do evento impressionou o mundo inteiro com uma produção mágica, digna de cinema, com uma mescla de fogos de artifício, um grande efeito luminoso, e partes das mais diversas tradições culturais das 204 nações que abrilhantarão o espetáculo nas próximas duas semanas.

Com um belo efeito de luzes mostrando a contagem regressiva, a cerimônia começou pontualmente ás 20 horas do horário de Pequim (9 horas da manhã de Brasília). A delegação brasileira entrou para fazer o seu desfile uma hora e meia depois do início da festividade, com o iatista Robert Scheidt carregando a bandeira brasileira, liderando um esquadrão de atletas que compõem a maior delegação brasileira na história dos Jogos Olímpicos. Aliás, o Brasil foi bastante ovacionado pela platéia chinesa, assim como as outras nações, incluindo os EUA, que teve seu único momento de vaias quando o presidente George Bush apareceu no telão do estádio.


Robert Scheidt foi o porta-bandeira do Brasil na abertura dos Jogos Olímpicos, trazendo consigo o resto da delegação brasileira

Naturalmente, a China, dona da casa, fechou o desfile de apresentação das nações, com o gigante astro do basquete Yao Ming (do alto de seus mais de 2,20 metros de altura) sendo o porta-bandeira da equipe que sonha alto e pretende finalmente desbancar os estadunidenses no quadro de medalhas, e se firmar como a maior potência esportiva do planeta.

Pouco após ás 12h30, o presidente da China, Hu Jintao, anunciou oficialmente a inauguração da 26ª edição das Olimpíadas. Agora é torcer pelos nossos brazucas e desfrutar esses próximos dias, que serão mágicos e fascinarão todos os apaixonados pelo esporte, e também pela cultura!

fotos: Reuters

O Rio de Janeiro sob olhos burgueses

CRÔNICA


Sim, o Rio de Janeiro continua lindo. Essa era a resposta para muitas perguntas que me vinham à tona quando cheguei de uma viagem inesquecível à cidade maravilhosa. Um sonho encubado dentro de mim há anos. Conhecer de fato o clima carioca, me fez amar ainda mais a maresia senera que cai sobre a cidade no inverno quente que se estendia por lá, pelo menos neste ano.

E as balas perdidas? Muito trombadinha em Copacabana? E a linha vermelha? Não vi bala perdida. Não fui roubada por um arrastão. Passei na linha vermelha e vi favelas, uma de cada lado, apenas. E, diante disso, me questiono será que estou inerte, mergulhada ao conto de fadas carioca das músicas "jobinianas", da bossa nova ou das novelas de Manoel Carlos? Não sei. Apenas sei que me apaixonei pela cidade que se veste de alegria, de vida, de emoção em cada esquina, em cada praia que em cada onda traz o mar dentro da cidade.

E Drummond estava certo quando diz que no mar estava escrita uma cidade.Eu poderia me abalar e de fato me abalei - não constantemente pois fui incendiada pelo deslumbramento daquilo que não pertence a minha constante realidade - com as portas que trabalhadores abriam delicademente para eu entrar, com os garçons a me servir, assim como serviçais.

Meus olhos tornaram-se portanto e por algum tempo tão burgueses que tive medo de ver a cidade mais marvilhosa do que ela mesmo se propõe a ser. E, de fato, existem dois lados inevitáveis. A orla se distancia do subúrbio. A vida cheia de graça, calorosa, não pertence aos morros cariocas, pois é a vida dura de muita gente trabalhadora, igual aqui e em todo lugar.Tornei a pensar.

No entanto, mesmo visto pelos meus temporários olhos burgueses, não há como se enganar porque a beleza natural, incomparável, interminável e inexplicável está ali, para quaisquer olhos verem. E esta paisagem foi criada por um só, é de todos e não é de ninguém.Portanto, sim, o Rio de Janeiro continua incessante e emocionadamente lindo.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Preço de banana, mas por quilo

NOTAS

A banana é um dos produtos de maior exportação do Brasil


O governador do estado de São Paulo, José Serra, sancionou no último dia 23 uma lei, de número 13.174, que determina a venda de banana por quilo e não por dúzia, como usualmente é feita.

Os comerciantes que desobedecerem a lei poderão pagar multa que varia de R$ 297,60 a R$ 297.600. Porém, o valor poderá variar conforme as condições econômicas do vendedor e a quantidade do produto vendido, por exemplo.

A lei é de autoria do deputado Samuel Moreira, do PSDB, e, segundo ele, atende a uma reivindicação dos produtores da fruta do Vale do Ribeira, local da maior produção no estado. De acordo com os produtores, eles perdem cerca de R$ 90 milhões.