terça-feira, 22 de julho de 2008

O futuro do nosso futebol nas mãos da péssima arbitragem

ESPECIAL - OPINIÃO

Guardo do futebol minhas melhores e mais gratas recordações. Militei nesse esporte por aproximadamente 23 anos: 1955 a 1978, com passagens pela Venezuela, Colômbia e Uruguai. Tais circunstâncias, no entanto, me conferiram apenas o privilégio de poder ver, sentir e analisar esse misterioso e fascinante esporte de uma forma especial e diferente de alguns. Mas o fato em si não me credencia a entender mais de futebol do que nenhuma outra pessoa. A experiência vivida é que acabou me dando uma visão particularizada e a percepção de certos detalhes que eventualmente passam despercebidos.

Assim, preocupado com todo o contexto do futebol, sirvo-me desse espaço para expor algumas considerações, que julgo pertinentes, visando a identificar possíveis causas que vêm comprometendo nosso principal esporte e apontar algumas anomalias que ocorrem dentro e fora do campo. Vejo o atual momento do futebol brasileiro como extremamente preocupante, notadamente no que se refere às nossas arbitragens, as quais considero péssimas e que chegam a beirar o ridículo se comparadas às européias. Uma calamidade. Por outro lado, quero frisar, também, que não faço parte e nem me alinho entre os nacionalistas de plantão que vêem nosso futebol como o melhor e mais perfeito do planeta, como “vendem” alguns integrantes da imprensa esportiva gorda, que nunca puseram o pé em uma bola. Prefiro analisar mais com a razão do que com a paixão. Não sejamos hipócritas; não devemos enganar nossos próprios olhos. Quem assistiu aos jogos da Copa da Europa devem ter se encantado com o que viu, especialmente a final disputada entre duas escolas extraordinárias: ESPANHA X ALEMANHA, sagrando-se campeã a seleção espanhola. Exibiram um futebol forte, objetivo, rápido, sem paralisações e sem a “esperteza” dos atletas sul-americanos. Portanto, quem viu há de reconhecer que já estamos no andar de baixo e as causas vêm a seguir.

Por mais estranha que possa parecer minha tese, entendo que, no tocando às nossas arbitragens, se alguma medida drástica não for tomada pelas autoridades que comandam o futebol brasileiro, em seus diferentes níveis e com a urgência necessária, no sentido de repensar e de reformular a mentalidade, a cultura e daí a maneira de atuar dos nossos árbitros, nosso futebol, com absoluta certeza, em breve espaço de tempo estará condenado ao fracasso e, definitivamente, afastado das grandes conquistas. Árbitros despreparados, arrogantes, vaidosos, querendo aparecer mais que os atletas, exibindo uma parafernália de instrumentos modernos, cronômetros sofisticados, mas são tecnicamente abaixo da crítica. Falta-lhes bom senso e, às vezes, até discernimento. A quantidade excessiva de cartões aplicados – DESNECESSARIAMENTE – aos atletas faz muito mal ao futebol. Irrita, desequilibra e vicia o jogador ao mesmo tempo. Isso vai repercutir lá na frente. O atleta viciado com cartão não vai conseguir iludir árbitros estrangeiros com suas artimanhas. O mesmo hábito nocivo que adquiriram por aqui não vai fazer efeito em um torneio internacional e menos ainda em uma Copa do Mundo.

É uma incompetência generalizada. Não são capazes de perceber o tamanho do equívoco e a extensão do dano que acarretam ao futebol. Os árbitros europeus, há décadas, já se conscientizaram que a aplicação – INDEVIDA – de cartões traz conseqüências prejudiciais ao esporte, extrapola o campo de jogo e desencadeia uma série de situações nocivas e indesejáveis ao futebol. Faço votos e torço para que nossos apitadores não estejam acompanhando os comentários daqueles quatro ex-árbitros, que agora “descolaram” uma “boquinha” nas emissoras de televisão. Se isso estiver ocorrendo, estamos fritos, porque ali, um é a cópia fiel do outro. Se alguém perguntar a um deles, por exemplo, se vai chover no Ceará, a resposta é: “ISSO É FALTA PARA CARTÃO”, ou então, “O CARTÃO FOI BEM APLICADO”, e assim vão detonando o futebol brasileiro. Lembro-me de uma partida entre Vitória x Coritiba, no Barradão-BA, anos atrás, em que o árbitro simplesmente sacou vinte e um cartões. Uma coisa absolutamente ridícula e inacreditável, passível até de um exame psicológico, tal a afetação com que “sua excelência” consumava o ato teatral. A ação nefasta desse apitador prejudicou vinte e um atletas e desempregou dois técnicos de uma só vez. A utilização excessiva dos cartões está na razão inversa da qualidade do árbitro, ou seja, quanto maior o número de cartões, mais incompetente, despreparado, inseguro ele demonstra ser. Esconde sua fragilidade através do gesto espetaculoso.

De acordo com uma pesquisa internacional a que tive acesso, o tempo de bola corrido no futebol europeu alcança invejáveis 85 minutos e a mesma revista apontava que, no Brasil, a bola não corre mais do que 52 minutos. Quem se responsabiliza por esse “estelionato futebolístico”? E as conseqüências que advêm dessa incompetência generalizada? O futebol enfraquece porque nenhum treinador consegue manter a mesma equipe no jogo seguinte, em decorrência de suspensões automáticas; os times não adquirem conjunto, o técnico não consegue dar padrão de jogo à sua equipe; o atleta se descontrola emocionalmente e é multado; compromete-se o trabalho do preparador que, com algumas derrotas seguidas, já vai “pra roça”; o clube toma prejuízo; a torcida se afasta dos estádios e, se acrescentarmos a essa multidão de motivos que mencionei, o escorchante valor dos ingressos, a falta de condução para os estádios; barrigas vazias; a inadmissível e vergonhosa redução pela metade da capacidade de público; as revoltantes e quilométricas filas que não andam; bilheterias corruptas; cambistas, etc, não precisa ser nenhum gênio para antever que motivos não faltam para que seja estabelecida a violência nos estádios. Dali “pro pau” é um pulinho.

É absolutamente indesculpável que em plena era da velocidade, onde os botões comandam quase tudo na vida, os “gênios” que mamam no futebol ainda não conseguiram criar mecanismos para agilizar e modificar esse estado de coisas. E os energúmenos que cuidam do nosso esporte ainda não tiveram, igualmente, a devida percepção dos reais motivos e o momento em que se inaugura a violência. Preferem se aprofundar nos efeitos ao invés de irem atrás das causas. Tal como o outro que, para acabar com o carrapato, preferiu matar a vaca. Isso retrata bem a insensatez dessa gente. Reduzem o tamanho dos estádios e afastam o público que mais precisa de lazer: ingressos com preços incompatíveis com a realidade brasileira; proíbem a entrada de bandeiras e faixas que tanto ornamentam os estádios; barram as fanfarras e os instrumentos musicais que alegram e fazem o tempo passar; eliminam as torcidas uniformizadas, que dão vida ao ambiente, cerceando uma manifestação cultural e afrontando o preceito constitucional de ir, vir e permanecer. Depois não querem que haja violência?

Mas o que espanta e nos causa profunda indignação nessa história toda é o silêncio horizontal e a omissão dos envolvidos. Habituado a acompanhar todos os programas esportivos mostrados pelos diversos canais de televisão, notadamente aos domingos logo após as rodadas, não vi, até a presente data, uma única figura da imprensa esportiva brasileira tocar em um só tema desses que aqui expus. Garotões bem vestidos, bem nutridos, rechonchudos, sorridentes, dentição completa, desses criados em condomínio em que a mãe leva para a escola e vai buscar, nunca andaram sozinhos ou descalços, jamais chutaram uma bola, nunca viram formiga e nem cocô de cavalo. São estes que nunca enfrentaram uma fila de 6 horas para compra de um ingresso. Hoje lá estão: locutores de TV, radialistas, jornalistas especializados, comentaristas, comandantes de mesa-redonda, apresentadores e convidados. Juntos, na mesma criminosa omissão, desde o presidente da CBF, passando por presidentes de federações, presidentes de clubes, dirigentes de segundo escalão, treinadores e atletas e mais o bando de mesmice acima já mencionado, quero que façam parte do mesmo balaio egoístico, egocêntrico e pecaminoso que não move um dedo em benefício do futebol. E vem aí uma Copa do Mundo. Já imaginaram, em São Paulo, estádios vazios e sem ornamentação? “Antes do silêncio total ainda serão necessárias muitas palavras inúteis”.

por Afonso Celso De Agostini Sóssio, ex-jogador, especial para o Blogo News

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Japonês que trabalhava na Toyota morre por excesso de trabalho

TRABALHO


Foi concluída por uma agência reguladora de trabalho japonesa que um engenheiro da montadora Toyota morreu por excesso de trabalho. A notícia foi veiculada pela Associated Press. O trabalhador de 45 anos era chefe de engenharia no desenvolvimento de uma versão híbrida do carro Camry. Segundo o advogado que representa a viúva, Mikio Mizuno, a função gerava grandes pressões sofre a vítima que morreu de isquemia cardíaca.

O incidente ocorreu em janeiro de 2006 e apenas agora saiu a decisão da agência reguladora. O funcionário da Toyota trabalhou nos dois meses anteriores à sua morte uma média de 80 horas extras por mês e usualmente trabalhava à noite e nos finais de semana.

A empresa, em comunicado, disse que está melhorando o monitoramento da saúde de seus funcionários. Com a decisão da agência, a família do engenheiro, que teve a identidade mantida em segredo, receberá os benefícios e o seguro do trabalhador.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Maioria das pessoas enfarta nas manhãs de segunda, diz pesquisa

VOLTA AO TRABALHO


Segunda-feira. O despertador toca e você sente aquela vontade de mandar seu chefe para o espaço e começa, ainda sonolento, a pensar em alguma boa desculpa para dizer a ele caso queria ficar mais na cama. O trânsito? “Nossa, o portão do meu prédio quebrou” ou “o elevador travou e fiquei preso até o porteiro chegar”. Todas mentiras para escapar do primeiro dia útil da semana. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto, mostra, porém, que essa aversão e tensão ao “dia de branco” encadeia problemas de saúde nos trabalhadores.

Segundo a pesquisa, o número de pessoas que enfartam às segundas-feiras é 25% maior que as estatísticas dos outros dias da semana. A maioria dos pacientes avaliados, ainda, passou mal antes das 9h. O motivo? A pressão da volta ao trabalho. Esse dia da semana é um gatilho. “As pessoas sempre têm algum desgaste a mais, uma tensão. É isso que leva ao desencadear do enfarto”, explicou o coordenador do estudo, Juan Yaslle Rocha.

O risco de algum problema de saúde é ainda maior quando a pessoa não gosta do emprego. Hoje, os funcionários passam por diversas pressões como a competitividade. Para alguns, o trabalho deixou de ser prazer para castigo, ainda mais quando não se trabalha naquilo que gosta.

O conselho dado pelo especialista é trabalhar com o que gosta ou, se não for possível, tentar tirar o lado bom do que se faz e, então, diminuir o grau de insatisfação e de tensão que pode levar ao enfarto. O fenômeno de a maior parte das pessoas enfartarem nas manhãs de segunda-feira também é observado em muitos países europeus, segundo Rocha. Para os executivos, o dia de maior perigo é o sábado.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Novo álbum de Alanis Morissette começa a dar as caras pelo Brasil

MÚSICA

Depois de um hiato de quatro anos sem lançar um disco de canções inéditas, a cantora canadense de rock Alanis Morissette lançou internacionalmente no início de junho o disco Flavors of Entanglement. E parece que mesmo com a discreta divulgação do CD por enquanto, o novo trabalho da cantora parece estar começando a se tornar popular pelo planeta.
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Aqui no Brasil, o álbum vem ocupando nas últimas semanas posições de destaque, entre os dez mais vendidos, unindo-se a artistas internacionais que também estão cativando o gosto do público brasileiro com seus novos lançamentos, como a cantora Madonna e o grupo Coldplay. O CD está sendo vendido em dois formatos: a versão tradicional, que contém 11 faixas; e para os fãs mais "fominhas", está também no mercado a versão Deluxe, que além das 11 títulos da versão anteriormente citada, possui mais cinco canções bônus.
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Bastante variado, Flavors of Entanglement mostra em alguns momentos características que já se faziam presentes na mesma Alanis de 1995, que explodiu para o mundo com o mega álbum Jagged Little Pill. Já em outros aspectos, o novo trabalho mostra uma variante bastante diferente de tudo que a cantora já produziu até hoje.

A prova disso foi a união com o produtor Guy Sigsworth, famoso por ter trabalhado com grandes nomes da música, como as cantoras Madonna e Björk, e o cantor de soul Seal. Dessa parceria, saíram várias músicas de estilos extremamente opostos, mas nem por isso desinteressantes. Ao longo do disco, o ouvinte pode ouvir desde um rock mais pesado, como mostra a faixa Citizen of the Planet, passando uma batida com guitarras mais pop em Underneath (primeiro single do álbum), o toque de eletrônica de Versions of Violence, a melancolia do rock de Tapes, ou até mesmo o silêncio de Not As We, uma música composta apenas por uma base no piano e a voz de Morissette.

Alanis em apresentação no Rock in Rio Madrid, no último dia 27 de junho

Com isso, o novo trabalho de Alanis mostra uma cantora diferente tanto no aspecto musical, com estilos variados que prometem agradar aos mais variados tipos de fãs, como no visual, que ostenta aos 34 anos uma aparência mais tranqüila, e alguns quilos a mais. O que parece nunca faltar à ela é o estilo único no palco e, claro, a voz que dispensa comentários.

Atualmente em turnê pela Europa, ela se apresentou nos festivais Rock in Rio Lisboa e Rock in Rio Madrid, além de diversos outros países. Planos para o Brasil? Segundo a cantora, a passagem dela pelo solo brasileiro não deve tardar, possivelmente no início do ano que vem ou até mesmo no final deste ano. Resta ao fãs brasileiros aguardar por mais um ótimo show entre muitos que estamos recebendo nos últimos tempos.
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Para quem quiser conhecer a nova música Underneath, o vídeo abaixo mostra uma apresentação ao vivo da cantora:



foto: AP

Porque no samba nós vamos

MÚSICA
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“Eu quero um samba feito só pra mim/ Eu quero a melodia feita assim./ Quero sambar porque no samba eu sei que vou a noite inteira até o sol raiar”, diz a canção de Haroldo Barbosa e Janet de Almeida. Ela traduz a essência do Grupo Bons Tempos. Formado por amigos da época que estudavam na Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, o grupo possui cinco integrantes e tem 25 anos.

Alfeu é o responsável pelo cavaquinho, Caco, pelas percussões, Ciquinho, o pandeiro, Elder pela timba e Newton pelo violão de sete cordas. Todos emprestam a voz para interpretar nomes como Noel Rosa, Cartola e Ary Barroso, denominado “o Brasileiro” em um show do grupo que virou DVD em 2005. “A gente se encontrava na cantina para tomar cerveja e fazer um samba. Hoje em dia, não se pode mais fazer isso”, disse Newton Gmurczyk, em entrevista a alunos na PUC-Campinas.

O ambiente, contudo, era bem diferente. Os movimentos estudantis cresciam e a vida dos universitários era somente os estudos. “A gente passava o dia todo na Unicamp”, completou. O grupo de amigos gostava das mesmas músicas, o que Newton chamou de “o mesmo paladar estético”.

As influências vieram de todas as partes, porém, a principal era bem ao lado, na cidade de Campinas mesmo. Estudantes faziam samba em bares da cidade e isso chamou a atenção do grupo. “Era uma pessoal mais boêmio. Alguns tocavam samba, outros mais músicas de protesto já que estávamos no final da ditadura”. Viram aí uma possibilidade de diversão. “A gente nem recebia. Você tocava, tomava uma cerveja”, diverte-se Newton.

Depois de um tempo, o grupo percebeu a necessidade de agregar alguma coisa a mais às músicas que tocavam. Como gostavam de ler a vida dos compositores e cantores, começaram a se dedicar aos shows temáticos. Integrando música com interpretação, o grupo conquistou público. O primeiro desses shows foi sobre a Rádio Nacional e já somam, hoje, um sobre Ary Barroso e um, em cartaz, sobre Chico Buarque.
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A frase “Vocês me fizeram lembrar de que sou brasileira!”, dita por uma senhora de 70 anos, no final de um show em Fortaleza, assim como a música de Haroldo e Janet, diz que o trabalho do grupo está no caminho certo.
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Para saber mais sobre o grupo, acesse o site oficial. Clique aqui!
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foto: divulgação site

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Pluralidade é aposta da festa de Paraty desse ano

ESPECIAL FLIP


Nessa sexta edição da Festa Literária de Paraty, o objetivo é a pluralidade cultural. Temas como psicanálise, jornalismo, história, musica e cinema serão misturados ao caráter do evento. “Nosso foco é sempre literário, porém, vemos que este diálogo com outros campos enriquece a literatura e a favorece”, explicou o diretor de programação Flávio Moura.

“Nosso norte e maior prioridade era trazer grandes nomes da literatura mundial como nos anos anteriores. Pessoas de calibre incontestável como Tom Stoppard ou Cees Nooteboom, autores de trajetórias exemplares”, acrescentou.

Para esse evento, a Flip trará participação inédita de nomes da Alemanha (Ingo Schulze) e da Itália (Alessandro Baricco). O alemão estará na mesa “Formas Breves” com Modesto Carone e Rodrigo Neves, na sexta, e o italiano na “Fábulas Italianas”, que ainda terá a presença de Contardo Calligaris, no sábado.

Os encontros inusitados, segundo Moura, ficam com duas mesas. “A Mão e a Luva”, que contará com a presença do quadrinista inglês Neil Gaiman e o escritor e roterista norte-americano Richard Price. A outra é “Guerra e Paz” que discutirá a literatura africana e terá como participante a autora de “Meio Sol Amarelo”, Ngozi Adichie e sua visão política do continente e o angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, conhecido por Pepetela. Ambas as mesas acontecem no sábado.

Outra atração é a pré-estréia do filme argentino “A Mulher Sem Cabeça” (La Mujer Sin Cabeza) da cineasta Lucrecia Martel. O longa fala das angústias de uma mulher que atropela um cachorro. A exibição será feita na mostra “Flip Etc”.

A programação completa está no site http://www.flip.org.br/.

foto: Adilson Jorge

A Festa Literária de Paraty começa hoje

ESPECIAL FLIP

Escritores e anônimos caminham pelas ruas estreitas da cidadezinha que, durante o império, escoava o ouro extraído principalmente de Minas Gerais. A fortuna retirada das terras brasileiras para pagar as dívidas da má administração da coroa portuguesa era transportada por cavalos na Estrada Real e dá, agora, espaço para outra riqueza; dessa vez bancas de venda de livros e conversas sobre a arte da escrita.

A 6ª Festa Literária Internacional de Paraty começa hoje na cidade histórica do estado de Rio de Janeiro. A Flip ocorre até dia seis e promete discussões amplas sobre literatura e diversas áreas que a circundam. A diversidade cultural deve ser a marca do evento desse ano que homenageia o centenário da morte do maior escritor brasileiro, Machado de Assis.

Apesar de “comedida, discreta, crítica e equilibrada”, segundo Flávio Moura, diretor de programação da Flip, a homenagem ao escritor buscará discutir e refletir sobre a figura polêmica do fundador da Academia Brasileira de Letras, e não a qualidade, indiscutível, de seus textos. A abertura da festa já trará uma conversa que se debruçará sobre o escritor. Chamada de “A Poesia Envenenada de Dom Casmurro”, a mesa será comandada por Roberto Schwarz.

São esperados de 15 mil a 20 mil visitantes e, segundo a organização, pretende-se criar uma pesquisa com a ajuda da Fundação Getúlio Vargas para analisar o número de pessoas que participaram da festa literária.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Agora vai!

MÚSICA


Aleluia! Parece que finalmente Axl Rose, líder da famosa banda de rock Guns N' Roses, vai lançar Chinese Democracy, o tão aguardado disco inédito do conjunto, após muita especulação e anos de espera. Depois de infinitos rumores e adiamentos no lançamento do novo trabalho, parece que desta vez a coisa é oficial e finalmente o Guns N' Roses vai apresentar algum material inédito, depois de 15 anos - o último disco de inéditas, The Spaghetti Incident, foi lançado em 1993, ainda na formação clássica da banda.

Além de já estar em pré-venda na loja virtual Amazon.com, Chinese Democracy também já vazou na Internet, dando a entender que realmente desta vez não há indícios de um novo adiamento no projeto de Axl. Para se ter idéia da "novela" que envolve toda a história do álbum, algumas músicas foram executadas há sete anos (!), inclusive no Rock in Rio 3, quando a banda voltou aos palcos. De lá pra cá, muitos rumores surgiram e novas versões experimentais das músicas novas foram surgindo.

Canções, de certa forma já conhecidas pelo fãs (de tanto que já foram executadas nos shows da banda), estarão presentes no lançamento, como Chinese Democracy, Madagscar, I.R.S. e The Blues. Outras ainda desconhecidas, como This I Love e If the World, também estaraão presentes no CD.

O site www.antiquiet.com chegou a oferecer aos internautas as canções do novo álbum, e ainda publicou uma nota afirmando que as faixas estavam nas suas versões "remasterizadas e finais". Porém, retirou as músicas do ar no mesmo dia, a pedido do próprio Guns N' Roses. Tarde demais! O tempo que as canções ficaram expostas no site foi o suficiente para que os arquivos MP3 se espalhassem por toda a rede.

Com toda essa demora e confusão, o álbum está sendo aclamado pela crítica como um dos mais esperados do rock nas últimas duas décadas. Bom, com toda essa enrolação e especulação, o mínimo que esperamos é que Chinese Democracy seja um álbum de bom nível, o que pode recolocar o Guns N' Roses de volta ao cenário mundial da música. Caso contrário, a carreira da banda pode estar indo de vez para o buraco.

foto: Getty Images

Não convidar colegas para festa gera confusão na Suécia

ANIVERSÁRIO POLÊMICO
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A entrega de convites para uma festa de aniversário de um menino de oito anos está causando polêmica na Suécia. Durante a aula, a criança distribui os convites para os colegas de classe, porém, dois deles não foram agraciados. A professora, ao notar que os dois não receberam os convites, confiscou o de todos da turma.

A escola afirma que o menino violou o direito dos colegas já que se os convites foram distribuídos no colégio, todos os estudantes da classe deveriam ser convidados. A diretoria levou o caso para o Parlamento. O veredicto será anunciado em setembro, ainda em tempo para o próximo ano letivo da escola.

O pai se defende dizendo que os dois não foram convidados por motivos simples: um não convidou o filho dele para uma festa e o outro brigou com ele. Sobre a atitude da professora de guardar os convites, ele afirma que ninguém tem esse direito. “É como pegar a correspondência de uma pessoa”, disse ao jornal sueco “Sydsvenskan”. “Meu filho ficou muito magoado”, completou.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Jogo de "jó-ken-pô" rende R$ 50 mil

CAMPEONATOS INUSITADOS

O americano Sean Sears ganhou no título mundial de 'Pedra, Papel e Tesoura' e mais R$ 50 mil. Conhecido como "Dedos Irados", ele derrotou a favorita Julie Crossley usando sua pedra contra a tesoura dela. Com isso ele garantiu uma vaga no mundial de "jó-ken-pô", que acontece lá em Pequim, durante a Olimpíada.
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Esse já é o terceiro campeonato organizado pela USARPS, sigla em inglês para Associação dos Estados Unidos de Pedra, Papel e Tesoura. E eles também têm uma Federação, a IRPSF - Federação Internacional de Pedra, Papel e Tesoura.

Em Pequim concorrerão também representates do Canadá, Hong Kong, Irlanda e Guam.

"Ele é muito talentoso, é sem dúvida alguma o campeão mais preparado que já tivemos na história do esporte", comemora Matti Leshem, responsável pela competição americana.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Futebol europeu atrai torcedores brasileiros

FUTEBOL
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Jogadores do Manchester comemoram o título da Liga dos Campeões: atração para os brasileiros

Os jogadores, muitas vezes, têm nomes de difícil pronúncia. Ibrahimovic é o sueco atacante da Internazionale, Ludovic Giuly, francês, o da Roma, ambos times italianos, Didier Yves Drogba Tébily, costa-marfinês, joga pelo inglês Chelsea. Saber ao certo como dizer os nomes desses jogadores não é problema para diversos brasileiros que, cada vez mais, estão interessados pelo futebol do Velho Continente.

A comunidade “Eu amo futebol europeu”, na rede virtual de amigos Orkut, comprova essa tendência. Criada em novembro de 2004, hoje, ela tem mais de 44 mil integrantes que se divertem em fóruns que discutem desde jogadores a lances de partidas de campeonatos como o italiano, inglês, português e o alemão. Essa paixão fez com que alguns torcedores até se organizassem em fã clubes, como é o caso do ManutdBR, que reúne 11 mil torcedores do inglês Manchester. O site da torcida recebe uma média de 18 mil visitas por mês e em dias de jogos chega a atingir 1,8 mil acessos.
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“A qualidade, em geral, faz o futebol europeu ser mais atraente. Isso vem desde a qualidade dos jogadores, que vêm de todos os continentes, até a qualidade dos estádios”, explica o estudante Giuliano Stachetti Ducceschi, fanático pelo time da Roma. Membro do clube dos torcedores brasileiros do time da capital italiana, o “Roma Club Brasil”, ele começou a se interessar pelo futebol europeu por estarem nos clubes do continente os melhores jogadores do mundo. Não é o único que pensa assim. Felipe Lino, universitário, também vê na presença dos craques a atração desses campeonatos. “Quando assistimos a algum clássico europeu estamos vendo praticamente uma final de Copa do Mundo, pois os melhores jogadores estão lá”, diz.

Giuliano, de blusa azul, com os amigos do "Roma Club Brasil": destaque no jornal do time, o "Il Romanista"

Esse aumento de interesse já chamou a atenção dos clubes europeus. Há alguns anos, os grandes times vêm investindo em marketing no Brasil. Desde colônias de férias que podem custar R$ 2.500,00 por duas semanas às vendas de materiais oficiais. Ricardo Tessarial, sócio de uma empresa de vendas on-line, diz que as camisas importadas, hoje, são mais procuradas do que as de times nacionais numa proporção de 10 para 1. “A venda sempre aumenta com o passar dos anos e conforme as competições. Durante a Champions League, por exemplo, a camisa do Maschester foi a mais vendida”, informou. O site da empresa de Tessarial teve uma média de 735 acessos diários em maio.
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Outra estratégia de marketing usada é o lançamento de serviços aos brasileiros. O italiano Milan lançou um site exclusivo para o Brasil. Dentre matérias traduzidas do portal italiano, há reportagens produzidas especialmente para os torcedores desse lado do Atlântico. É o primeiro país a ganhar um site exclusivo. Não é para mesmo. Dos cerca de 1,4 milhões de acessos mensais ao site oficial do time de Milão, 40% são de estrangeiros, e desses, a metade de brasileiros. Depois da contratação do atacante Ronaldo, em janeiro de 2007, o número de visitantes do site triplicou, segundo declaração da diretora de marketing, Francesca Scarp, ao jornal O Estado de São Paulo. No dia da contratação do craque, do um milhão de visitantes, 350 mil eram do Brasil. O clube – considerado o mais brasileiro da Europa, por contar com diversos jogadores do Brasil, como Kaká, Alexandre Pato, Ronaldo, Dida e Digão - não esconde que quer ser o terceiro time dos torcedores tupiniquins, atrás de seus retrospectivos clubes e da seleção.
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Ao contrário do que possa parecer, porém, a presença de brasileiros nos times europeus não influencia para alguns torcedores. Duccheschi é um deles. O estudante diz que o seu interesse é pelo futebol em geral, sem se preocupar com a origem dos jogadores. Para Lino, entretanto, foram os jogadores Bebeto e Romário quando jogaram na Europa, que fizeram surgir o interesse pelos clubes europeus. “Mas hoje, a presença deles não influencia”, acrescenta o estudante que, também tem a Roma como o time que mais lhe agrada. “Eu comecei a gostar, ironicamente, pela presença de um argentino, o Gabriel Batistuta, que era um jogador fenomenal. De lá para cá, a Roma sempre joga um futebol bonito e muito ofensivo”, explicou.

O slogan usado pela Rede Record, emissora que abriu espaço em sua programação para as principais partidas dos campeonatos do velho continente, quando denomina o europeu como “o melhor futebol do mundo”, parece ter sua razão.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Agora os blogs podem ter códigos de identificação

INTERNET

O mundo dos blogs não pára de inventar. Depois de solicitarem o ISBN (Internacional Stantard Book Number), que é usado para identificar universalmente publicações como livros e revistas, e não terem sucesso, blogueiros espanhóis criaram o IBSN, o Internet Blog Serial Number, que além de reconhecer numericamente um blog, pode garantir o direito dos autores sobre as produções.

O código tem oito números e é dado a partir de um formulário feito no site oficial, o
www.ibsn.org, porém, ele ainda não está disponível em português. O usuário pode escrever os dígitos de sua preferência, como data de nascimento, já que eles não são gerados automaticamente. Somente blogs podem requerer o cadastro. Não entram nessa lista conjuntos de páginas, nem diretórios e fóruns. A periodicidade das postagens não é exigida, porém, é necessário que haja mais de duas até o momento de solicitar o código.

Para a diretora de uma agência de comunicação que visa a inclusão digital, Catherine Henry, ainda é cedo para verificar quais os ganhos para os blogueiros. “O IBSN é uma experimentação. Quase tudo hoje em dia está nessa fase na net. Tudo é novo. Acredito que ele só será uma realidade quando e se o ICANN, a Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números, que é responsável pelo sistema de identificadores exclusivos da internet, assumir o projeto”, disse.

Esses espaços virtuais deixaram de ser apenas diários on-line. Hoje, compartilham conhecimento e divulgam os mais diversos trabalhos; de charges à poemas e contos. “Acho que tem muita gente bacana se valendo dos blogs para mostrar a sua arte”, analisa Carla Dias, que escreve coisas literárias em uma página pessoal. Porém, a blogueira alerta que nem tudo é maravilhoso na internet. “Muitos dos meus textos foram inseridos em sites sem solicitação. Acho que ainda não há uma legislação que defenda com coerência os direitos autorias na rede. Confesso que estou curiosa para saber como o IBSN pode colaborar efetivamente com a proteção desses conteúdos”.

“Os blogs garantem a democracia na internet e a diversidade de opiniões. Cadastrei o meu no IBSN para participar dessa experimentação. Agora, é aguardar os resultados; se vierem”, completa Catherine.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Gol supersônico

CURIOSIDADE

Ver nos jornais ou revistas casos de pessoas que infringem as leis de trânsito por excesso de velocidade é uma cena bastante comum, como por exemplo pessoas andando a quase 200 quilômetros por hora, bem acima dos limites das vias brasileiras. Mas isto não foi páreo, aparentemente, para o advogado Jucelei Tavares de Menezes e seu VW Gol.
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Em 2001, Menezes recebeu em Santa Catarina uma multa por excesso de velocidade. Ele foi autuado por estar andando - de acordo com o radar, é bom deixar isto frisado - a simplesmente ... 4800 km/h!
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Para se ter uma idéia do absurdo, esta velocidade é simplesmente quatro vezes maior que a do som (1250 km/h). O advogado recebeu a multa no valor de R$ 102,50. A "irregularidade" aconteceu em frente a um hospital em Blumenau, cidade onde ele mora. Naquele trecho, o limite de velocidade era de 40 km por hora.
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A velocidade é tão absurda e irreal que - de acordo com o radar, é bom lembrar de novo - o advogado e seu Gol modelo especial Rolling Stones estavam duas vezes mais rápidos que um Concorde, avião de passageiros supersônico (aposentado em 2003) famoso por ser o mais rápido do mundo, chegando a alcançar 2600 km/h.
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Menezes disse que sequer chegou a recorrer da multa. “Disseram que eu tinha que entrar com um recurso. Disse que achava ridículo entrar com recurso. No dia seguinte ligaram para dizer que haviam cancelado a multa”, contou. Naturalmente, ele guardou a multa como recordação. “Para mostrar que eu tinha um legítimo Gol ‘bala’”, brincou com o caso.
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O carro de passeio mais rápido do mundo é o Bugatti Veyron. Ele possui 1001 cavalos de potência, velocidade máxima de 407 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos. Será que ele é páreo para o Gol supersônico? Menezes disse que não possui mais o carro. "Mas foi fácil vender. Ele era muito bom", afirmou. Sorte de quem o comprou!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O que restou de 68

ARTIGO
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O ano de 2008 está sendo um pretexto para muitas lembranças da história do nosso país e do mundo. Em 1968, o Brasil e o mundo viviam uma situação jamais repetida. Mas, será que as pessoas sabem que hoje vivem o resultado da luta de uma geração? Em países como a França e os Estados Unidos as ruas eram palco para manifestações. A política do país era cenário que movia todo um afloramento de idéias e ações. Indignação com a repressão contra as mulheres abriram as portas para os movimentos feministas. Mobilizações contra a guerra da Argélia, na França e contra a guerra do Vietnã, nos Estados Unidos, entre outros fatores políticos, resultavam em ameaça ao governo e ao fortalecimento dos revolucionários.

Hoje, o Brasil vive uma política democrática, resultado de uma luta apaixonante e sacrificada. Há exatamente quatro décadas, a luta aqui era contra a ditadura, que impunha autoritarismo e censura à livre expressão. Será que as pessoas, descendentes de uma geração sonhadora e corajosa, conhecem a importância de 1968 e dos anos que se seguiram? Como uma vez observou Ivan Lessa, “o que dizer de um país que a cada quinze anos esquece os últimos quinze anos?”. A política, de fato é outra. Não há censuras, há democracia e, portanto, não é necessário aderir à luta armada, fugir do país ou mudar de identidade. No entanto, reconhecer e utilizar os direitos conquistados para nós é a forma mais branda de reconhecer o que somos hoje e o que foi um dia toda uma geração.

Em ano eleitoral como este, é fato visível e comum o desinteresse das pessoas por política. Mais comum são os cidadãos que optam por não votar e que perante a lei dão uma justificativa meramente simbólica. O que antes era o motivo para lutar com tanta audácia, hoje é um dever comumente desprezível. Se hoje a internet, principalmente através de “blogs”, propicia que qualquer pessoa, independente de idade, sexo, visão política, religião ou classe social, tenha direito de se expressar, é porque um dia isso foi conquistado.

O cenário do país é outro, as necessidades são outras. O que o país precisa hoje são de pessoas conscientes de seus direitos e de suas responsabilidades como cidadão. O país precisa de pessoas que estejam cientes das crises de corrupção que o país constantemente vive e de estudantes antenados com seu papel na sociedade. Sociedade esta que insiste cada vez mais em distanciar ricos e pobres, num capitalismo ridiculamente impositor do consumismo, do individualismo e da lucratividade.
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A atual geração arrasta hoje pouco da personalidade do passado, mas muito da conseqüência daqueles atos. Quarenta anos fizeram muita diferença. As idéias que um dia levantaram bandeiras resultaram no que somos nós hoje, com uma capacidade ainda maior, mais forte, mais eficaz em mudar o Brasil, plantaram em nossas mãos as condições, com raiz forte e duradoura.
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por Bruna Lidiane , do Sobcontextos - especial para BLOGO NEWS

terça-feira, 27 de maio de 2008

Cabine cornofônica é sucesso em boteco de SP

JEITINHO BRASILEIRO


Nada de desespero quando você olhar na identificador de chamada do celular e não ter na ponta da língua uma boa desculpe de onde está. A solução já foi dada. Uma cabine cornofônica é a sensação do Boteco Brasil, um estabelecimento que fica nos Jardins, na capital paulista. A pessoa entra e pode falar ao telefone escolhendo um som de fundo. São quatro opções: barulho de carros, buzinas e avião, tiroteios e o chamado “chute o balde”, que inclui gemidos de mulher. O nome da cabine foi eleito depois de uma votação entre os clientes do boteco.

A idéia foi do proprietário, Leopoldo Buosanti. “Eu via o pessoal saindo desesperado até a rua para atender o celular porque não queria que a mulher descobrisse que ele estava em um bar”, explicou para o portal G1.

A cabine é vermelha e lembra as usadas na Inglaterra. Para o idealizador, a cabine é infalível. . “A mulher acredita. Se eu não avisasse minha namorada de que estou aqui, ia dizer que estava em Cumbica, indo para Manaus. Ela ia ficar maluca”, brincou lembrando que “a opção que mais usam é do (barulho) trânsito”.
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foto: G1

sexta-feira, 23 de maio de 2008

"Aceita maconha?"

CURIOSIDADE

Na Nova Zelândia parece que algumas pessoas não gostam de usar só o dinheiro como moeda de troca para negociar as compras. Em uma loja de conveniências, um homem achou uma solução inusitada, lunática e, por que não, original de poder pagar o que havia comprado. Como estava sem dinheiro para pagar, o cliente perguntou ao atendente se ele aceitava maconha. Isso mesmo! Maconha!!!
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O homem, um mecânico de 28 anos de idade, sequer chegou a ouvir a resposta do atendente do local (como se precisasse) à oferta, porque um policial estava no estabelecimento e conseguiu ouvir a conversa, na cidade de Carterton, segundo informou o diário online Metro.
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O agente policial estava abstecendo seu carro quando ouviu a proposta do mecânico de pagar dois pacotes de doces e um saco de salgadinhos com a droga. Naturalmente, o homem foi preso e assumiu que carregava maconha com ele. Aliás, seria o cúmulo da cara-de-pau se ele negasse tal fato.
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A criatividade e falta de vergonha das pessoas esta cada vez mais surpreeendente! Não seria nada espantoso se ouvirmos mais casos parecidos com esse. Agora, para efeito de curiosidade, será que o funcionário da loja iria aceitar receber a maconha?

sábado, 17 de maio de 2008

Mercado da bola está agitado no final do italiano

FUTEBOL EUROPEU

Cafu e Serginho com outros jogadores brasileiros e com Leonardo no final da Liga dos Campeões: para os dois, agora, saudades


O campeonato italiano termina nesse fim de semana e junto a ele a trajetória no Milan de Cafu e Serginho. A saída dos brasileiros já foi confirmada pelo time que luta nesse domingo pela última vaga para a Liga dos Campeões pertencente, por enquanto, à Fiorentina, que tem dois pontos a mais que o time de Milão e está na quarta posição com 63.

No Milan desde 2003, Cafu antes jogava pela Roma. Prestes a completar 38 anos em 7 de junho, o jogador pretende voltar ao Brasil, mas ainda não sabe o que fará, apenas não confirma que a saída do Milan é sua aposentadoria e alegra-se com a trajetória na Europa. “Na minha carreira conquistei trinta e dois títulos, é certamente uma bela satisfação tanto do ponto de vista pessoal quanto profissional”, disse em entrevista ao canal de TV oficial da equipe italiana, Milan Chanel.

Contratado em 1999, Serginho confessou que depois de um problema nas costas, há dois anos, não conseguiu mais voltar ao nível máximo. “Agradeço ao Milan por tudo o que me fez nestes nove anos, eu sempre me empenhei ao máximo e me dediquei totalmente a esta camisa. Vou embora com a tranqüilidade de ter dado em todas as ocasiões cem por cento das missas possibilidades e justamente porque hoje não posso mais dar estes cem por cento, creio que a decisão mais inteligente seja ir embora”, disse ao mesmo canal.

A entrada em campos dos dois jogadores amanhã contra a Udinese é incerta. “Não sei se o técnico irá me escalar ou não, mas estarei pronto para este importante empenho que não será apenas a minha partida de adeus, mas uma prova importante para o Milan. Carlo Ancelotti poderá contar comigo plenamente”, disse Cafu. Já Serginho não está tão empolgado com o seu último jogo com a camisa rossonera. “Domingo será para mim um momento difícil, pois San Siro ainda é a minha casa”, revelou.

NA CONTRA-MÃO
Porém, mesmo com a saída dos dois jogadores, a torcida do Milan não terá motivos para ficar triste. Outro brasileiro parece estar a caminho. O jornal esportivo espanhol “Sport” afirmou, ontem, que o acordo entre o time italiano e o Barcelona acerca da negociação do meia Ronaldinho está avançado. Segundo informou a publicação, o time catalão aprovou a quantia oferecida pelo craque, 25 milhões de euros, cinco milhões a menos do que o pedido.

Anteriormente, segundo informações do jornal italiano “La Gazzetta dello Sport”, o Barcelona chegou a conversar com o Milan sobre o passe de Kaká. Algumas especulações diziam que em troca do melhor do mundo, o time catalão daria Ronaldinho, o brasileiro nacionalizado português Deco e mais vinte milhões de euros. Porém, como disse o jornal, essa hipótese não foi levada em consideração pelo fato de, depois de renovar o contrato até 2013, Kaká manifestou a idéia de permanecer no time de Milão.

terça-feira, 13 de maio de 2008

"Segurança, apesar dos terremotos"

OLIMPÍADAS - PEQUIM 2008

Não bastasse os recentes confrontos políticos com o Tibet, a China parece ter agora mais um ponto ameaçador à credibilidade de sua segurança para os Jogos Olímpicos desse ano. Desta vez, um fator natural causa preocupação: os fortes terremotos na região, que causaram a morte de cerca de 12 mil pessoas.

A capital chinesa deve receber mais de 500 mil estrangeiros durante as competições, que ocorrem entre os dias 8 e 24 de agosto. Mesmo assim, os organizadores do maior evento esportivo do planeta garantiram nesta terça-feira que, mesmo com estes transtornos, o país continua sendo seguro. Zhang Jian, membro do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Pequim (Bocog), disse que os visitantes não devem ficar preocupados com o recente desastre natural.

A festa da passagem da tocha mundo afora contrasta com a preocupação para os Jogos de Pequim

Quero dizer aos estrangeiros que os Jogos Olímpicos são seguros, que Pequim é segura e que a China é segura", disse Zhang. O diretor do centro de mídia do Bocog, Li Zhanjun, disse que as construções dos prédios para os Jogos já levam em conta eventuais terremotos. "Na construção de qualquer prédio em Pequim, precisamos ter certeza de que ele resistirá a terremotos de até 8 graus na escala Richter, de modo que as instalações da Olimpíada não correm nenhum risco quando se trata de terremotos", afirmou. Segundo ele, outro motivo que dispensa preocupação é que o epicentro do terremoto foi localizado perto de Chengdu, distante cerca de 1600 quilômetros de Pequim.

Antes desse grande abalo, a capital chinesa havia sofrido nos últimos anos apenas pequenos terremotos. Mas mesmo assim, o medo continua entre todos. Por enquanto, "paz" e "sossego" parecem ser palavras raras quando o assunto é Olimpíadas.

foto: Agência Xinhua

sábado, 3 de maio de 2008

Nossa! Você não tem TV em casa?

BRASIL
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Aquela história de que quem tem muitos filhos não tem TV em casa parece mesmo verdade. Pelo menos é o que uma pesquisa feita pelo Centro de Pesquisa de Política Econômica (CEPR), de Londres, diz. O estudo revelou que o hábito de assistir novelas colaborou para a diminuição da taxa de natalidade no Brasil nos últimos 40 anos. Segundo Eliana La Ferrara, uma das autoras da pesquisa, as novelas exercem um considerável efeito no número de filhos que as mulheres querem ter no Brasil.

A pesquisa analisou os censos populacionais do país entrevistas com brasileiras. O CEPR chegou à conclusão que a taxa de natalidade por aqui caiu de 6,3 filhos em 1960 para 2,3 filhos em 2000. O estudo diz, porém, que esses dados não mostram exatamente que a população brasileira passa mais tempo vendo TV do que na cama. A influência das novelas vem pela representação de família que elas mostram. Os folhetins brasileiros, segundo os pesquisadores, influenciam o comportamento social no Brasil. “O maior efeito, consistente com uma conduta de retração, afeta mulheres de camadas socioeconômicas baixas e mulheres em fase intermediária e tardia de seus ciclos de fertilidade”, analisaram os autores.

O CEPR ainda estudou a influência das novelas na escolha dos nomes que as mães brasileiras dão aos seus filhos. A pesquisa diz que há quatro vezes mais probabilidade dessas mulheres que assistem às novelas batizaram seus filhos com nomes dos personagens.

O estudo, curiosamente, mostrou que as tramas mexicanas não produzem o mesmo efeito. Ainda bem.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Senna: 14 anos sem o herói das manhãs de domingo

FÓRMULA 1 - ESPECIAL
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O dia 1º de maio, conhecido como o Dia do Trabalhador, é comemorado em todos os cantos do planeta. E, há exatos 14 anos, o Brasil perdia um de seus mais adorados e ilustres trabalhadores: Ayrton Senna da Silva. Um homem, que além de uma rara competência no que fazia nas pistas mundo afora, cativava a todos os fãs da Fórmula 1 e aos milhões de brasileiros, que acordavam em todas as manhãs de domingo ou nas madrugadas para torcer pelo herói nacional.
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Então menino (aos 4 anos de idade), Senna, que tinha o apelido de "Beco", ganhou seu primeiro kart, construído pelo próprio pai. A partir daí começava a despertar a paixão pela velocidade, que anos mais tarde se transformou em glória e sucesso para o brasileiro. Após alguns anos no kart, Senna foi trilhar o conhecido caminho de quem sonha em chegar à Fórmula 1: mudou-se para a Europa, buscando um lugar em uma categoria menor.

Com o apoio do amigo Chico Serra, Ayrton conseguiu um contrato com a Van Diemen, tradicional equipe da Fórmula Ford na Inglaterra. O ano foi fantástico! O jovem piloto destruiu a concorrência e ganhou com sobras os títulos que disputou naquele ano de 1981, quebrando o recorde de vitórias numa mesma temporada. No ano seguinte, foi campeão no mesmo país da Fórmula 2000.

Em 1983, Senna subiu mais um degrau na carreira, disputando a Fórmula 3 Inglesa, o que poderia ser o último passo rumo a tão sonhada F1. Depois de muito esforço e uma acirrada batalha contra Martin Brundle durante a temporada, Ayrton se tornou campeão e, com isso, passou a chamar a atenção de algumas equipes da categoria máxima do automobilismo. As poderosas Williams, McLaren, Brabham e a mediana Toleman ofereceram testes para avaliar o desempenho do brasileiro.
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Senna foi acima da média e espantou a todos que estavam presentes no seu treino com a Williams. Quebrou o recorde da pista de Donington Park em poucas voltas, mas mesmo assim a equipe de Frank Williams não ofereceu uma vaga de imediato para a temporada de 1984. A McLaren ofereceu um contrato para 1985, e na Brabham, Nélson Piquet se opôs a contratação do seu compatriota.
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Determinado a correr logo em 1984, Senna não teve dúvidas e aceitou a proposta da Toleman, a única a lhe oferecer uma vaga para aquela temporada. Logo todos viram que ele era um piloto de futuro e começou a conseguir alguns pontos no campeonato, o que era um fato notável, visto que a Toleman era uma equipe pequena. Mas a grande demonstração de habilidade de Senna viria no controverso GP de Mônaco daquele ano. Sob uma chuva torrencial desde a largada, o brasileiro não tomava conhecimento dos rivais e foi ganhando posições, até atingir um inacreditável segundo lugar. Quando estava próximo de ultrapassar o então líder Alain Prost, a direção da prova resolveu terminar a corrida, alegando falta de condições de segurança no circuito, o que gerou muita reclamação e ainda é assunto discutido até os dias de hoje.
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Com a Lotus, Senna conseguiu sua primeira pole e vitória no GP de Estoril de 1985

Com os bons resultados, Senna conseguiu uma vaga na Lotus para o ano seguinte. E com o famoso time inglês veio a primeira vitória e pole position da carreira, no também chuvoso GP de Portugal, onde ele deu um show de pilotagem e terminou a corrida com uma vantagem de mais de um minuto para a Ferrari de Michele Alboreto, segundo colocado.

Senna permaneceu na Lotus até o fim de 1987, quando acertou a sua ida para a forte McLaren, para fazer dupla com Alain Prost, com quem teve várias disputas dentro e fora dos circuitos. O ano de 1988 se revelou mágico para a McLaren. Com um carro sem dar chance aos oponentes, a equipe venceu 15 das 16 provas do campeonato e teve uma disputa extremamente forte dentro da equipe para o título de pilotos.

Mesmo sendo mais inexperiente que Prost e novo na equipe, Senna foi reagindo ao longo do ano e, numa performance memorável na corrida do Japão, onde teve problemas na lergada e caiu para o 16º lugar, ganhou a corrida e de quebra faturou o seu primeiro título na Fórmula 1. Um herói estava nascendo, e com ele, o povo brasileiro se tornou ainda mais apaixonado pelo automobilismo, que já curtia as vitórias do tri-campeão Nélson Piquet.

Já na McLaren, o piloto brasileiro conquistou em 1988 seu primeiro título mundial

Em 1989, a briga entre Senna e Prost não se resumiu apenas nas curvas das pistas, mas também nos bastidores. E na decisão do título no Japão, o brasileiro venceu e adiou a briga pela taça, mas minutos depois da bandeirada teve sua vitória anulada pelo cartola Jean Marie Balestre, que alegou que Senna tinha cortado caminho para voltar à pista após um acidente causado propositadamente por Prost. Resultado: Prost foi campeão, mas o sentimento de injustiça pairava sobre os brasileiros e o mundo do automobilismo.

No ano seguinte, Prost foi para a Ferrari, mas ambos os pilotos continuaram travando uma acirrada disputa. Dessa vez deu Senna, que também no Japão, deu o troco no rival francês e ficou campeão após um acidente entre eles na largada. A vingança estava completa, e Senna havia dado a volta por cima, faturando o bi e se credenciando como grande favorito para o ano seguinte.
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Na temporada de 91, a pedra no sapato de Ayrton não foi Alain Prost, mas sim um rápido inglês chamado Nigel Mansell, pilotando uma Williams. No começo do ano, Senna foi avassalador e ganhou as primeiras quatro corridas, entre elas o GP do Brasil, sua primeira vitória em casa, após correr as últimas voltas apenas com a sexta marcha de seu carro. Porém, com o passar das corridas, Mansell e sua Williams foram reagindo e davam sinais de que eram superiores, equilibrando o jogo. Ainda assim, Senna chegou na corrida do Japão e contou com uma rodada do afobado Mansell para garantir o tri e se eternizar na história da F1.

Mas mesmo com o título, a Williams dava sinais de que seria melhor em 1992 e mostrou ao mundo uma máquina fenomenal. Mansell dominou a tudo e todos com seu carro "perfeito" e ganhou com extrema facilidade o título. Senna nada pode fazer e venceu apenas três corridas, terminando o ano na quarta posição no campeonato.

Ayrton Senna comemora a sua fantástica vitória em Donington Park, em 1993

Prost voltou da aposentadoria em 93 e tomou o lugar de Mansell na Williams, que havia ido para a F-Indy. Mesmo com um carro muito inferior, Senna deu um show, vencendo com maestria os GPs do Brasil e de Donington Park. Num total de 5 vitórias no ano - considerado por muitos como o melhor de sua carreira, pois havia mostrado ao mundo do que era capaz - Senna se despediu da McLaren vencendo a prova final da temporada, na Austrália. Esta foi a última vitória de Ayrton Senna na Fórmula 1.

Para 1994, o brasileiro havia finalmente conseguido realizar o seu desejo de correr pela Williams, assinando um contrato com o time inglês. O começo de temporada foi difícil, com dois abandonos nas duas primeiras provas. Até que chegou o GP de San Marino, em Ímola. Um dia antes da morte de Senna, todos já haviam ficado transtornados e abalados com a morte de Roland Ratzenberger, piloto da Simtek, que bateu violentamente seu carro no muro e faleceu instantâneamente no treino classificatório.
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O carro de Senna após o trágico acidente que lhe tirou a vida no dia 1º de maio de 1994

Senna, que havia assegurado a pole, estava visivelmente abalado com a tragédia. Estava sempre com a cabeça baixa, quieto, demonstrando certa desilusão com a situação. Parecia prever alguma coisa de errado. Ao abrir a sétima vota da corrida, o carro de Senna passou estranhamente reto na curva Tamburello e bateu violentamente no muro. Poucas horas depois do atendimento médico foi anunciada a morte de Ayrton Senna, que não resistiu ao violento choque. Era o fim da história do gênio das pistas.

O mundo estava em lágrimas, chorando a morte do ídolo, que parecia muitas vezes imortal na visão do povo brasileiro. Senna parou o mundo, e com sua partida deixou conosco as lembranças das vitórias e das lições de um esportista, que até hoje é referência tanto para o senhor de idade que acompanha as corridas, quanto para o garotinho que gosta de carros e sonha algum dia em ser pelo menos um pouco do que Senna foi nas pistas: modelo de atleta e exemplo de perseverança e competência. Diz a lenda que o grandes heróis morrem cedo, e Ayrton Senna da Silva foi um deles. Mas sua lembrança ainda está viva por todo o planeta!